Amor próprio, um remédio
Amor próprio, um remédio natural
Amar a si mesmo pode soar como um ato egoísta, por isso, muitos de nós vivemos nos colocando em segundo, terceiro, décimo plano, esperando receber de outros aquilo que nós mesmos não somos capazes de nos oferecer. Nem sempre acontece a retribuição tão desejada, e como consequência, a frustração mostra sua poderosa força.
O amor próprio não deve ser visto como egoísmo ou egocentrismo, pois, amar a si mesmo não exclui aqueles que amamos, nem diminui o tamanho do amor que sentimos por eles, mas permite que nos enxerguem com o respeito que tanto desejamos.
Amar a si mesmo não é pecado, nem crime, e o primeiro passo para nos apoderarmos desse sentimento é sentir merecedores dele. Costumamos ser cruéis no autojulgamento, tratando-nos de qualquer jeito, fazendo de nós mesmos uma autocrítica negativa e exagerada.
Como consequência, abalamos nossa autoestima, resultando na perda da autoconfiança, percebendo-nos menores do que de fato somos, e quando mais diminuímos nossas capacidades e qualidades, mais deixamos de ser vistos, admirados e amados por quem amamos.
O amor próprio é um remédio natural, que melhora nossa saúde física, mental e emocional. Amamos tantas coisas, o futebol, a novela, o artista famoso, a copa do mundo etc., e esquecemos de amar o que é mais importante na nossa vida: nós mesmos.
Portanto, que sejamos gentis conosco, presenteando-nos com um elogio feito por nós mesmos, admirando e exaltando nossas qualidades, valorizando aquilo que temos de bom, porém, sem arrogância. Assim, permitimos que esse sentimento transborde para além de nós mesmos, criando conexões com o outro. E onde existe conexão, existe respeito e reciprocidade.
Texto do livro “Assertividade, um jeito inteligente de educar” de Celso Garrefa