A coragem de ser imperfeito – Parte 09
By Cláudio

A coragem de ser imperfeito – Parte 09

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A coragem de ser imperfeito – Parte 09

Capítulo 04 – arsenal contra a vulnerabilidade

Neste capítulo a autora nos convida a refletir sobre os arsenais que usamos para nos proteger da nossa vulnerabilidade. Todos eles são ineficazes e provocam um adoecimento psíquico e muitas vezes até fisiológicos que prejudicam a nossa vida plena em todos os aspectos:

1º) – O escudo da alegria como mau presságio: “É muito bom para ser verdade…ele vai aprontar algo” – Este mecanismo de defesa contra a vulnerabilidade é muito comum. Abrimos mão da alegria, da prosperidade e de uma vida plena com medo da decepção de amanhã que com certeza virá. Agindo desta maneira, passamos a viver plenamente na decepção, na desilusão e iremos construir uma história triste e acumulando fracassos até um momento que a nossa vulnerabilidade se apresenta de tal forma que não conseguiremos escondê-la.

  • VIVER COM OUSADIA: Como antídoto deste escudo, a autora nos sugere a “cultivar a alegria e a gratidão nas coisa simples da vida”. Viver o momento presente com intensidade e responsabilidade e não nos preocupar com o dia de amanhã. Jesus já falava sobre isto: “Não nos preocupeis com o dia de amanhã. A cada dia tem suas próprias preocupações”. Da mesma maneira, um lema do AA/NA nos diz: “Só por hoje funciona”.

2º) – O escudo do perfeccionismo:  “O que os outros vão pensar de mim?” o perfeccionismo te paralisa. Com medo das críticas dos outros, nós nos escondemos por trás da vergonha, enterrando assim nossos talentos e nossa criatividade. O perfeccionista não aceita sua condição humana de vulnerável, da mesma maneira, ele tem dificuldade de aceitar a dos outros. A autocrítica e a crítica ao outro dificulta seus relacionamentos interpessoais e consigo mesmo. Como resultado disto, os perfeccionistas constroem uma vida sem realizações e também carregada de mágoas, conflitos e ressentimentos.

  • VIVER COM OUSADIA: Como antídoto a este escudo, precisamos “aprender a apreciar a beleza das falhas. “Eu sou o bastante”. Rir dos nossos erros e falhas é um ótimo remédio ao perfeccionismo. Esse movimento pessoal vai refletir nos nossos relacionamentos interpessoais. Começamos também a rir dos erros dos outros. Quando fazemos isto, aprendemos com eles e nos tornamos pessoas mais otimistas, leves e livres para continuar desenvolvendo a nossa vida em plenitude. Certa vez, escutei um participante no nosso Grupo Terapêutico: “Eu quero fazer parte da solução dos problemas do mundo e não, parte dos problemas do mundo”. Achei sugestiva esta reflexão. Ela tem tudo a ver com esta vida com ousadia.

Na próxima edição, vamos continuar escrevendo sobre o capítulo quatro. Iremos refletir sobre os escudos do entorpecimento, do viking (vítima) e da superexposição. Todos eles tentam esconder nossas vulnerabilidades. Você não pode perder este texto. Espero vocês no mês de Janeiro.

Adaptação de Cláudio Martins Nogueira – Psicólogo Clínico

Indicação de leitura: Livro: A CORAGEM DE SER IMPERFEITO – Brené Brown – Editora Sextante

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  • 08/02/2025