Quem ama também desiste.
Quem ama também desiste.
Desiste quando percebe que não se pode amar por dois.
Desiste quando entende que onde não há reciprocidade, não vale a pena ficar.
Desiste quando compreende que só o amor não é suficiente. É preciso comprometimento e vontade de fazer dar certo.
Quem ama também desiste.
Desiste depois de tanto insistir e machucar o próprio coração.
Desiste depois de cansar de lutar por alguém que não faz por merecer tanto afeto.
Desiste depois que aprende que se pra amar alguém a gente tem que se amar menos, não é amor de verdade.
Quem ama também desiste.
Desiste do outro, mas jamais de si.
Desiste da esperança de que algo mude, porque entende que só vivemos com a realidade e não com a ilusão de como as coisas poderiam ser.
Acredite, quem ama também desiste. Porque chega um momento que é preferível partir, mesmo existindo amor, do que permanecer buscando sentimentos, onde só se encontram espinhos para o coração.
Quem ama sabe desistir do que dói.
Porque é válido desistir de quem machuca.
A gente só não pode desistir da gente!
Alexandro Gruber
Meu comentário:
Este texto nos convida a refletir sobre uma questão muito profunda: Sair ou não de um relacionamento. Esta talvez seja a maior dúvida que um (a) codependente passa na relação com um adicto. E se eu separar dele e ele morrer? Ele é uma pessoa tão boa. O único problema dele é ser dependente químico. Se isso é uma doença com os profissionais falam, não devemos abandoná-lo.
Devido a estes e tantos outros questionamentos cabe aqui alguns esclarecimentos importantes:
1 – O ser dependente químico não deveria ser um motivo da separação. A negação ao tratamento sim, afinal, ninguém é obrigado a ficar numa relação doentia;
2 – Separar não significa abandonar. O (a) cônjuge pode ajuda-lo quando o mesmo aceitar o tratamento, mesmo estando separado (a) dele (a);
3 – O texto requer muito cuidado na sua leitura, lembrando que não existe uma relação perfeita, existem relações funcionais. Uma leitura precipitada desta reflexão pode induzir ao erro de uma separação equivocada.
4 – É importante a gente levar em consideração que todos possuem defeitos e qualidades. Precisamos cuidar de nós para corrigirmos onde estamos errando nesta relação. Transferir a responsabilidade para os outros é muito fácil;
Pensa nisto meu amigo, minha amiga
Cláudio Martins Nogueira – Psicólogo Clínico – Especialista em DQ e CODE