O cego na calçada
By Cláudio

O cego na calçada

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O cego na calçada

Você nunca conhece realmente as pessoas. O ser humano é mesmo a mais imprevisível das criaturas. Outro dia, atravessando a rua, deparo com um cego. Ele estava parado na esquina.
 
Pensei, pensei, e com a melhor das intenções peguei no braço do “ceguinho” e ajudei-o a atravessar a rua. Quando cheguei do outro lado, larguei-o e segui meu caminho.
 
Estava super feliz e pensava: “Hoje cumpri minha missão, fiz um gesto super bonito…”.
 
Quando olho para trás, eis que vejo outra pessoa atravessando novamente o “ceguinho”.
 
Pensei… o que teria acontecido!!!
 
Sem pensar duas vezes, fui correndo buscá-lo (agora já do outro lado da rua). Novamente, atravessei-o e fui embora.
 
Segui meu caminho.
 
Para meu espanto, quando olhei pra trás novamente, estavam atravessando novamente o “ceguinho”.
 
Ahhh, não! Desta vez não aguentei e gritei:
 
– Parem com isso, vocês não estão vendo que ele quer ficar deste lado de cá?
 
E para meu espanto, o ceguinho abriu a boca e falou:
 
– Pessoal, agradeço-lhes pela ajuda, mas não seria mais interessante vocês me perguntarem o que realmente eu quero fazer?
 
Nesta hora, todos pararam e eu pensei: nossa, o “ceguinho fala”! Absurdo, não? Mas foi assim que pensei…
 
Para resumir, o ceguinho estava apenas esperando seu parente na esquina. Ele não queria ir nem pra direita, nem pra esquerda, só queria esperar…
 
Autor: Desconhecido
Contribuição: Silvia Leite de Moura Fonseca

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  • 27/12/2024
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