A coragem de ser imperfeito – Parte 08
By Cláudio

A coragem de ser imperfeito – Parte 08

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A coragem de ser imperfeito – Parte 08

Capítulo 03 – Compreendendo e combatendo a vergonha III

O que fazer com a vergonha?

            A autora termina este capítulo fazendo uma reflexão mais profunda sobre a vergonha e como trabalhar este sentimento de maneira mais assertiva e superar esta dificuldade. Para isto ela esclarece alguns conceitos importantes:

  • Resiliência: É a capacidade de nos recuperar rapidamente de uma situação difícil. Assim, devemos utilizar deste recurso da resiliência para lidar com a vergonha. O contrário disto e a resistência a vergonha que é totalmente ineficaz e realimenta a própria vergonha.
  • Empatia: É a arte de se colocar no lugar do outro tentando entender as dificuldades dele. Este recurso é um ótimo antídoto para a vergonha. Compreender o outro e os motivos inconscientes que movimenta o outro em direção àquele comportamento é muito importante para superarmos as nossas limitações. Além disto, ter empatia conosco também é importante, afinal, compreender e tomar consciência da vergonha é o primeiro passo para superá-la.
  • Compartilhar: É a capacidade de falar de seus sentimentos. Precisamos entender que a vergonha é um sentimento social, ou seja, ela opera na relação com os outros. Desta maneira, ela é uma ferida social e requer, portanto, um “bálsamo” social, ou seja, o compartilhamento.

Um método eficaz para superar a vergonha:

  • Primeiro passo: Praticar a coragem de ficar acessível com pessoas e grupos de confiança. O Amor Exigente nos ensina: “sozinhos estamos perdidos, juntos encontramos a nossa força”.
  • Segundo passo: Procurar conversar consigo mesmo de maneira amorosa. Brené chama isto de  Escrita Terapêutica, Acolhimento da criança interior e do adulto humano e vulnerável.
  • Terceiro passo: Assumir a responsabilidade da sua vida – Não enterre a sua história, compreenda-a e escreva os próximos capítulos da sua vida a partir do agora.

Reflexões sobre a vergonha:

  • “A vergonha se alimenta do segredo” – O combustível da vergonha é o segredo. Tentamos esconder dos outros nossas imperfeições e vulnerabilidades através da vergonha e da timidez e, fazendo isto, nos mostramos mais frágeis.
  • “Não falar da dor dói mais do que a própria dor” –  Não falar da dor não só dói mais como também aumenta a própria dor.
  • “Falar da dor alivia a dor” – No processo psicoterapêutico essa é a primeira etapa do tratamento, ou seja, fazer o sujeito falar da sua dor.
  • “As mulheres tem vergonha da aparência” – A autora define características específicas da vergonha de acordo com o gênero. Nas mulheres a vergonha está associada a aparência física.
  • “Os homens tem vergonha de serem fracos” – Já nos homens a vergonha se manifesta mais é na questão do poder, do dinheiro e do sucesso. Eles possuem vergonha de não conseguir tudo isto.
  • “Envergonhar nossos (as) parceiros (as) na sua vulnerabilidade é a mais séria de todas as violações de segurança” –

 Na próxima edição, vamos iniciar o capítulo quatro onde vamos refletir os arsenais (os escudos) por onde tentamos esconder nossas vulnerabilidades. Você não pode perder este texto. Espero vocês no mês de dezembro.

Adaptação de Cláudio Martins Nogueira – Psicólogo Clínico

Indicação de leitura: Livro: A CORAGEM DE SER IMPERFEITO – Brené Brown – Editora Sextante

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  • 27/12/2024