Não se joga xadrez com pombos
By Cláudio

Não se joga xadrez com pombos

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Não se joga xadrez com pombos

Escutei este ditado recentemente de um jornalista. Achei interessante esta metáfora porque para eu jogar xadrez com alguém parte do pressuposto que o outro conheça as regras do jogo. O jornalista falava do jogo democrático da política. Políticos que não respeitam as regras do processo eleitoral e o funcionamento das instituições democráticas. Não se conversa sobre política com radicais.

Da mesma maneira, este raciocínio pode ser usado na relação do dependente com o codependente. Está fadado ao fracasso qualquer tentativa de diálogo. Sermões enormes quase sempre não adianta nada. Precisamos aprender a falar com os nossos comportamentos e atitudes. Sobre o efeito das substancias e, até sem isto, o adicto, na medida em que a doença vai se agravando, ele vai perdendo sua capacidade cognitiva, ficando assim impossibilitado de estabelecer um diálogo saudável com a família.

Não muito diferente é a situação dos familiares codependentes. Estes, afundados nos seus problemas emocionais e acumulando fracassos recorrentes no controle do outro, também perde muito esta capacidade de ouvir e entender o outro.

Este ditado me remete a uma frase de Jesus Cristo: “Não se joga pérolas aos porcos”. Jesus estava mostrando para seus discípulos que não adianta pregar o evangelho (pérolas) aos porcos (orgulhosos).

Portanto, ao invés de tentar “jogar xadrez” com pombos, precisamos aprender a vivenciar o evangelho na nossa vida, ter misericórdia e amor aos pombos e não esperar deles qualquer tipo de movimentação no tabuleiro.

Fica aí as dicas. Dialogue apenas com pessoas capazes de dialogar. Aos outros, devemos apenas amar e aceitar a natureza de ser pombos.

Cláudio Martins – psicólogo clínico – Especialista em DQ e CODE

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  • 21/11/2024
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