O peixe morre é pela boca
O peixe morre é pela boca
Provavelmente, este ditado deve ter nascido na “boca” de um pescador. Sua experiência de sempre pegar seus peixes através do anzol, deve ter feito ele refletir sobre isto. Em busca de comida, o peixe é traído pelo anzol escondido atrás da isca.
Trazendo para o mundo dos humanos, este ditado nos ajuda a refletir sobre várias coisas, dentre elas, podemos citar:
1 – A ambição pode te levar à destruição: Muitas vezes, diferente do peixe que está em busca de comida, os homens buscam dinheiro e status, e pela sua ganância, passa por cima dos valores éticos e morais. Agindo assim, ele até pode acumular riquezas, porém vai acumular frustrações e decepções ao longo da vida;
2 – Cuidado com o que você vê: Por trás da minhoca, pode ter um anzol. Muitos relacionamentos afetivos são destruídos por causa disto. Às vezes, a aparência é bonita e apetitosa, mas atrás daquela pessoa pode ter um anzol. Nos dias de hoje, isto está se tornando cada vez mais frequente. Estamos indo “para cama” com estranhos, e não raras vezes, descobrimos um anzol escondido numa minhoca.
3 – Cuidado com as ofertas boas demais: O peixe vê apenas a minhoca flutuando na água. Nossa! É muito bom para ser verdade. Sem pensar duas vezes, por impulso e por necessidade, o peixe vai atrás da sua minhoca e encontra o anzol.
4 – Cuidado com o que você fala: Conforme o conteúdo, ele pode te matar emocionalmente e destruir sua vida pessoal, profissional e familiar
Enfim, trazendo para a nossa realidade da dependência química e da codependência, podemos afirmar que as drogas são as minhocas e as consequências do uso/ abuso delas é o anzol.
O prazer que as drogas prometem e entregam é momentâneo, como o peixe pegando a minhoca. Ao longo do tempo, porém, mais cedo ou mais tarde, o dependente vai ser fisgado pelo anzol das consequências.
Na codependência não diferente. A ilusão do controle e do “salvador da pátria” são nossas minhocas, enquanto que o sofrimento no codepender é o nosso anzol.
Vamos refletir sobre este ditado, com certeza, todos sairão ganhando.
Cláudio Martins – psicólogo clínico