A coragem de ser imperfeito – Parte 04
A coragem de ser imperfeito – Parte 04
Capítulo 02 – Derrubando os mitos da vulnerabilidade
Mito n:01 – Vulnerabilidade é fraqueza:
Vulnerabilidade não é algo bom e nem mau. Ela não é uma emoção negativa e nem uma luz ou uma emoção positiva.
Vulnerabilidade é o centro de todas as emoções e sensações. Sentir é estar vulnerável. Isto não é fraqueza. Isto é uma condição humana. Rejeitá-la dera ideia de associá-la a fraqueza e às emoções negativas como o medo, a vergonha, o sofrimento, a tristeza e a decepção.
A vulnerabilidade é o “berço” das emoções e das experiências que almejamos. Quando aceitamos esta condição de sermos vulneráveis é que teremos resultados mais positivos em nossas vidas como: o amor, a aceitação, a alegria, a coragem, a empatia, a criatividade, a confiança, a autenticidade e a sobriedade.
VULNERABILIDADE E FRAQUEZA NÃO SÃO SINÔNIMOS
Vulnerabilidade é a incerteza e o risco a exposição emocional. Somente quem aceita esta condição será capaz de se expor à apreciação ou a crítica dos outros. Somente quem faz isto será realmente FELIZ.
Sentimentos não são fraquezas, são vulnerabilidades. Precisamos aprender a acolher e entender nossas emoções e sentimentos. Para fazer isto, precisamos ter coragem. Assim, podemos concluir que:
Aceitar a nossa vulnerabilidade é sinal da nossa coragem
A grande questão é: “Quero testemunhar sua vulnerabilidade, mas não quero ficar vulnerável”. Em outras palavras: “Vulnerabilidade é coragem em você e fraqueza em mim”
Desta maneira, “nós somos atraídos pela vulnerabilidade dos outros, mas repelimos a nossa”. Precisamos mudar este jogo.
A autora propõe uma oração da vulnerabilidade:
“Senhor, dei-me coragem para aparecer e deixar que os outros me vejam como eu sou”
Meu comentário:
Aceitar a nossa vulnerabilidade vai despertar em nós o desejo de nos expor. Isto é transformador e revolucionário na nossa vida. Este desejo nos torna mais corajosos e ousados, proporcionando uma vida plena com a recuperação da nossa autoestima, auto confiança superando nossos traumas, medos e frustrações.
É possível perceber que somente os humildes serão capazes de aceitar esta condição de vulneráveis. O Orgulhoso se esconde diante dela. Talvez seria exatamente isto que Jesus Cristo quis dizer com esta célebre frase: “Somente os humildes herdarão o Reino de Deus”. O orgulhoso já se basta, ele quer acreditar que não precisa de ninguém, mas no fundo, ele recusa a sua condição humana de ser vulnerável tanto quanto os outros.
Na próxima edição, vamos refletir sobre o segundo mito: “Vulnerabilidade não é comigo”. Você não pode perder este texto.
Adaptação de Cláudio Martins Nogueira – Psicólogo Clínico
Indicação de leitura: A CORAGEM DE SER IMPERFEITO – Brené Brown – Editora Sextante