O verdadeiro envelhecimento
O que envelhece mesmo, é a obsessão pela juventude.
Cuidado com o mito da eterna juventude… rugas são símbolo da vida!
“A nossa época e a nossa cultura, que mostram uma tendência preocupante para considerar o nascimento de um filho como uma simples questão de produção e reprodução biológica do ser humano, cultivam então o mito da juventude eterna como a obsessão – desesperada – da carne incorruptível.
Por que a velhice é – de muitos modos – desprezada? Porque traz a prova irrefutável do despedimento deste mito, que nos faria regressar ao ventre da mãe, para sermos eternamente jovens no corpo.
A técnica deixa-se atrair por este mito de todos os modos: à espera de derrotar a morte, podemos manter o corpo vivo com medicamentos e cosméticos, que abrandam, escondem, removem a velhice. É claro que o bem-estar é uma coisa, a alimentação mística é outra. Não se pode negar, contudo, que a confusão entre os dois nos está a causar confusão mental.
Confundir o bem-estar é alimentar o mito da eterna juventude, e muito se faz para ter de voltar esta juventude sempre. Mas muitos, muitos cosméticos, operações cirúrgicas para aparecer jovens podem nos levar a uma obsessão e aí sim, a um envelhecimento psíquico patológico.
Vêm-me à mente as palavras de uma sábia atriz italiana, Anna Magnani, quando lhe disseram que era preciso tirar as rugas e ela disse: “Não, não as toquem! Tantos anos levei para tê-las: não as toquem!”.
É isto: as rugas são um símbolo da experiência, um símbolo da vida, um símbolo da maturidade, um símbolo do caminho percorrido. Não tocá-las para se tornar jovens, mas jovens só no rosto: o que interessa é toda a personalidade, o que interessa é o coração e o coração permanece com aquela juventude do vinho bom que quanto mais envelhece, melhor fica.”
Autor desconhecido
Meu comentário:
O que envelhece é o corpo. O espírito e a alma podem ser eternamente jovens se for renovado a cada dia.