Dez erros da família com problemas de drogas – parte 2
By Cláudio

Dez erros da família com problemas de drogas – parte 2

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Dez erros da família com problemas de drogas – parte 2

Na edição anterior refletimos sobre os cinco primeiros erros da família que enfrenta o problema de drogas. Só para relembra-los vamos citar aqui:

1º erro: Demora buscar ajuda profissional;

2ºerro: Começa a questionar muito o programa de tratamento;

3º erro: Focar o tratamento só no dependente;

4ºerro: A família trabalha para evitar a crise quando tem que precipitá-la;

5º erro: A família dá muita mordomia quando deveria tirar.

Vejamos os outros cinco erros:

6º erro: A família investe na doença e não no tratamento: Enquanto a família ficar investindo na doença, ou seja, pagando as dívidas do dependente, financiando e comprando bens, pagando advogados, traficantes, etc., o dependente vai continuar usando drogas e a situação vai ficar cada vez pior. Muitas vezes a família gasta fortunas financiando a doença e, quando vai investir no tratamento, ela fica pechinchando o psicólogo e a Comunidade Terapêutica mais barata. Ela se esquece de analisar a relação entre os custos e os benefícios.

7º erro: A família fala de mais e faz de menos: Os codependentes possuem o péssimo hábito de falar muito. Nas suas crises emocionais costumam discutirem de maneira excessiva e repetitiva com os dependentes. Ameaçam, gritam e depois se arrependem e, movidos pela culpa, fazem exatamente o contrário de tudo aquilo que falaram. Assim, os codependentes devem aprender a agir e não a reagir. De maneira objetiva e racional, abordar o dependente olhando nos seus olhos e serem bem incisivos. Demarcar os limites sempre acompanhados das possíveis consequências. Não render muito o assunto. Escolher o momento certo para falar, de preferência na hora da ressaca.

8º erro: entregar sua vida na mão de outro doente: A família codependente chega ao ponto de se entregar totalmente ao dependente químico. É conhecida aquela famosa frase das mães ditas dedicadas: “Se meu filho estiver bem eu estarei bem, se ele tiver mal, eu estarei mal”. Isto é codependência pura. Nós temos que ir a busca do nosso tratamento, independente da escolha do dependente. Aliás, nos momentos que nosso filho estiver pior é exatamente o momento que a gente precisa estar melhor. Como vamos ajudar se nós estamos precisando de ajuda?

9º erro: Subestimar a capacidade do dependente: Os codependentes olham para o dependente como se este fosse um débil mental, incapaz de resolver seus problemas. Às vezes eles chegam ao ponto de tomar a iniciativa de resolver coisas básicas como marcar um dentista, médico, psicólogo, comprar uma roupa, etc. Nós precisamos começar a olhar o dependente de drogas como um sujeito que possui uma potencialidade, capaz de aprender com seus próprios erros e superá-los. Ficar protegendo o “pobre coitado” não vai resolver o problema.

10º erro: Acreditar que com o trabalho e estudo o problema da dependência química será resolvido: Infelizmente, mais uma ilusão da família codependente. O dependente não consegue trabalhar enquanto ele tiver na fase crítica da doença. Mesmo quando consegue, ele vira escravo do traficante. Um doente precisa é de tratamento.

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  • 23/05/2020
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