O castigo
A Criança não mimada de hoje é o adulto organizado e disciplinado de amanhã…
Como todos os meninos, eu era curioso e um pouco destruidor. Um dia cometi a travessura de fazer uns buracos em uma das portas de nossa casa, para ficar espiando o que ocorria na rua.
Procurando dar-me um castigo educativo, meu pai fez-me reparar o estrago que causara.
“Vá buscar uns pedaços de madeira, e procure cortá-las de modo a se ajustarem nos buracos; depois passe a lixa…”
Fiz o trabalho um pouco envergonhado, e, ao terminá-lo, era pouca a vontade que tinha de olhar para a porta azul com aqueles círculos brancos.
Meu pai, calmamente examinou o resultado do meu trabalho, então me disse que eu devia pintar aqueles círculos da mesma cor da porta, e me deu dinheiro para comprar tinta.
A que arranjei não era exatamente da mesma cor, e por isso, por insistência do meu pai, pintei toda a porta.
Desde esse momento, surgiu em mim uma espécie de gosto para melhorar e reparar as coisas da nossa casa.
Pintei seis portas e duas janelas, que não ficaram mal, sentí-me orgulhoso de ser pintor, e minha atitude mudou em consequência daquele castigo que terminou em forma agradável e boa.
Relato de C. Salazar
México
Meu comentário:
A função dos pais não é suprir todas as necessidades materiais dos filhos, mas sim, preparar seus filhos para a vida, ensinando-os valores morais, espirituais e sociais. A máxima “ser pais é tornar-se dispensável na vida dos seus filhos” deve ser uma meta para todos os pais. Na medida em que a criança se desenvolve ela vai aprendendo com os pais estes valores e princípios