Lemas do AA / NA
Lemas do AA / NA
19) – Evite pessoas, coisas e lugares.
Talvez este seja um dos lemas mais conhecidos do AA/NA. Além disto, sem dúvida alguma um dos mais eficazes.
Evitar pessoas da ativa (que continuam fazendo o uso das substancias) é uma estratégia fundamental para alcançar a sua sobriedade. Especialmente nos primeiros 90 dias sem isto, dificilmente o adicto vai conseguir obter sucesso na sua recuperação. A psicologia social nos mostra como somos influenciados pelos outros. Evitar estas pessoas é um grande desafio, afinal, isso significa abrir mão da convivência com os companheiros das baladas, dos botecos e dos momentos de diversão e lazer. Para agravar esta situação, o adicto ainda não tem outro grupo social de convívio e possui na maioria das vezes muitas dificuldades nos relacionamentos familiares. É nesta lacuna que o papel dos grupos de apoio é muito importante na recuperação. Através deles, o sujeito reinsere na sociedade com seus iguais, coisa que o médico e psicólogo terão dificuldades de fazê-lo.
Evitar coisas: A dependência química também é uma dependência psíquica, ou seja, várias coisas podem desencadear gatilhos mentais levando o adicto a ter recaídas. A própria droga, utensílios de uso, etc… Até mesmo filmes, músicas e vídeos nas redes sociais podem provocar isto, comprometendo assim a recuperação. Não é uma boa ideia um alcoolista ficar guardando garrafas de bebidas alcoólicas.
Evitar lugares: Um ambiente regado às substancias psicoativas é um convite para o uso/abuso delas. Frequentar barzinhos, shows, festas e até mesmo reuniões familiares podem ser facilitadores de recaídas. Como, infelizmente, vivemos numa sociedade que o uso abusivo de drogas, especialmente o álcool, é cultural, este evite se torna um grande desafio para alcançar a sobriedade. As estratégias mais inteligentes nos primeiros meses de abstinência é evitar estes ambientes. Quando isto não for possível, ficar apenas no “primeiro tempo” da festa e sempre acompanhado de alguém que tenha alguma autoridade sobre você.
Fica aí as dicas. Vale a pena tentar
Cláudio Martins Nogueira – Psicólogo Clínico – Especialista em DQ E CODE
