A coragem de ser imperfeito – Parte 13
A coragem de ser imperfeito – Parte 13
Capítulo 04 – arsenal contra a vulnerabilidade V
Nesta edição, vamos continuar escrevendo sobre o capítulo quatro. Iremos refletir sobre o escudo ziguezaguear, o escudo da desconfiança e da crítica terminando assim este capitulo.
3º) O escudo ziguezaguear (negação):
Tentar controlar uma situação dando as costas para ela. Isto ocorre de várias formas, dentre elas, podemos destacar as mais importantes:
- – Esconder: manter algo ou situação fora da nossa visão. Se eu não estou vendo tenho a ilusão de que não está acontecendo. Exemplo clássico é quando uma família que se depara com um dos seus membros envolvido com drogas. Ela tenta de todas as formas esconder este problema, mantendo as aparências de normalidade. O próprio dependente, durante anos a fio tenta esconder dos outros e dele mesmo a sua doença.
- – Fugir: uma maneira quase eficaz de negar a realidade. A realidade bate à porta e mesmo assim, além de não abrir a porta, você sai correndo pelas portas do fundo. Isto explica a dificuldade da família e dos adictos aderirem ao tratamento
- – Evitar: mecanismo que paralisa a pessoa quando se depara com o problema. Não quer nem falar sobre o assunto
- – Procrastinar: Depois eu faço, vamos adiando o enfrentamento;
- – Culpar: Se a culpa é dos outros eu nada tenho a fazer
- – Mentir: só vale enquanto a verdade não chega.
“Não ver não é sinônimo de não existir”
VIVER COM OUSADIA:
- Esteja presente. Preste atenção. Estude e assuma sua responsabilidade
4ª) O escudo desconfiança, crítica, frieza e crueldade:
- Estes escudos nos “protege” de expor nossas vulnerabilidades.
- Com eles eu não me abro e ao mesmo tempo, me “protejo” da invasão do outro.
- Como resultado teremos:
- “Uma vida limitada, pautada pelo medo, insegurança e com poucas realizações. São pessoas não realizadas em todos os aspectos das suas vidas”
- Viver com ousadia:
1º) – Andar na corda bamba -, praticar a resiliência à vergonha e avaliar a realidade.
2º) – Rede de segurança (de apoio) – Pessoas e grupos de confiança.
3º) – Aceitar críticas e comentários – De quem está na arena da vida.
4º) – Fazer uma lista de pessoas confiáveis;
“A resiliência à vergonha é a vara, a rede de segurança. São as pessoas da nossa vida que nos ajudam a verificar a validade da crítica e da desconfiança”.
Na próxima edição, vamos escrever sobre o capítulo cinco. A lacuna de valores e a importância da motivação como mecanismo de aceitação da nossa vulnerabilidade. Você não pode perder este texto. Espero vocês no mês de maio.
Adaptação de Cláudio Martins Nogueira – Psicólogo Clínico
Indicação de leitura: Livro: A CORAGEM DE SER IMPERFEITO – Brené Brown – Editora Sextante