Meu nome é crise
Meu nome é crise
Boa tarde, meu nome é crise: posso entrar? (parte 01)
Naquela manhã ensolarada a campainha de uma porta qualquer, de num lugar qualquer, de uma cidade qualquer, de um Estado qualquer ou de um país qualquer tocou e alguém atendeu:
-Bom dia. Meu nome é CRISE. Posso entrar?
A pessoa que atendeu a porta não conseguiu esconder a cara de espanto e meio que gaguejando respondeu:
-Eu não te conheço e você bateu na porta errada. Deve ser um engano.
Dito isso, bateu a porta na cara da CRISE.
Com a certeza de que estava na porta certa, da casa certa, da família certa, a CRISE tocou a companhia novamente.
-Você novamente? Você é insistente mesmo hem? Já falei que deve ser engano.
-Desculpe senhora. Não é engano não. Posso explicar o motivo da minha visita?
-Explicar pode. Só que você não vai entrar na minha casa.
-Na verdade, minha senhora, eu já estou dentro da sua casa e você já deve ter percebido. Só que ainda não está querendo acreditar. Aliás, você e o seu marido não querem acreditar.
-Já vi que além de insistente, você também é enxerido. Fica se metendo na vida dos outros.
-Minha senhora eu faço parte da vida das pessoas. Às vezes, com muita intensidade. Outras, com menos intensidade. Porém, sempre presente. A intensidade de como eu vou fazer parte da vida das pessoas, depende muito da forma como as pessoas vão lidar comigo. Depende do comportamento. E comportamento é atitude.
-Este discurso não me convence. Ninguém vai querer deixar você entrar na casa de qualquer família. Só falta querer me convencer que alguém gosta de você. Todo mundo tem medo de você.
-Pois deveriam gostar de mim. Pois eu provoco mudanças e questionamentos. E nestes momentos, muitas verdades precisam ser ditas, vistas e ouvidas. Qualquer mudança de padrão pessoal envolve sacrifícios e aborrecimentos. Perdas são inevitáveis e os ganhos previstos nunca são totalmente garantidos.
-Lá vem você novamente com este discurso. Na teoria é tudo muito bonito. Eu quero ver é na pratica. Você quer ver um exemplo: eu estou tentando mudar o meu filho e não estou conseguindo. Na pratica, ele consegue tirar eu e o meu marido do sério. A nossa vida virou um inferno.
Continua na próxima edição
Autor: Sérgio Carlos de Oliveira
Voluntário do Amor Exigente Regional em SC