Em qual anzol você está preso?
Você já parou pra pensar que toda armadilha possui, inicialmente, algum elemento muito atrativo, alguma recompensa inicial?
Todo anzol precisa de uma isca — e isso vale, também, para as armadilhas emocionais.
Cabe, então, perguntar: qual é a isca que está me fazendo morder este anzol?
Talvez seja justamente isso que te mantém preso a uma vida que já não faz mais sentido.
Autor desconhecido.
Meu comentário:
Esta reflexão nos convida a pensar nas nossas crenças, nos nossos valores e também de como fomos e ainda somos influenciados pela sociedade de consumo. Muitas vezes, tomamos atitudes e adquirimos coisas não para atender realmente o que desejamos, mas sim, para atender as expectativas dos outros.
Nos dias de hoje, com o advento das redes sociais e da TV a cabo, bem como as plataformas digitais de filmes e documentários, o assédio que estamos sofrendo, especialmente nossas crianças e adolescentes, é algo nunca visto em nenhuma época da história da humanidade.
Seduzidos pelas “iscas” desta sociedade imediatista que busca sempre o prazer imediato, não raras vezes, nos deparamos com a realidade do “anzol”. Uma dor tremenda que não conseguimos sair dela e, assim como peixe que caiu nesta cilada, ficamos ali, nos torturando com mais uma fiscada. Quanto mais o peixe tenta fugir mais iscado ele fica e mais dor ele sente.
Na tentativa de ter tudo, acabamos ficamos sem a “isca” do prazer e nos sobra apenas a realidade do “anzol”. Isto fica muito claro com a dependência química. Fiscado pela droga, o sujeito se prende na dependência.
Para sair destas armadilhas da mente é fundamental buscar o autoconhecimento e o conhecimento técnico. O autoconhecimento tem a finalidade de você conhecer a si mesmo. Questionar a necessidade real que você possui. Para isto é fundamental o processo psicoterapêutico e a participação em grupos de apoio ou terapêutico. O conhecimento técnico através dos estudos (literatura, palestras, vídeos e lives, cursos, etc.) te prepara para retirar você deste “anzol” e possibilita a volta de você para o “lago” da liberdade.
Pensa nisto: Em qual isca você está caindo? Em qual anzol você está preso?
Cláudio M. Nogueira – Psicólogo Clínico – Especialista em DQ.