Cuidado com as fofocas
Às vezes, chega alguém pra mim e diz: “Padre!!! O Senhor não imagina o que fulano falou a seu respeito!? Isso… isso… e isso!” E relatam Tim-Tim por Tim-Tim!
Escuto e continuo tocando minha vida em frente. Mas gostaria de perguntar ao “leitor /ouvinte assíduo” duas questões:
Por que essa pessoa teve coragem de dizer tudo isso, exatamente, pra você? Toda boca fofoqueira procura um ouvido desocupado. Simples assim!
Por que você não disse: “Não tenho tempo para ficar ouvindo essas coisas. Resolva você lá com os envolvidos. Resolva comigo o que cabe a mim e fui…”
Essa atitude seria admirável… agora, ouvir tudo e depois vir relatando o falatório é atitude própria de pessoas que também tem a “língua solta”.
“Se alguém se considera religioso, mas não refreia a sua língua, engana-se a si mesmo. Sua religião não tem valor algum!” Tiago 1,26
Conselho: trate bem a todos, confie em poucos!
__Padre Crysthian Shankar
Meu comentário:
A fofoca pode destruir uma carreira, uma vida. Fenômeno social que acompanha o ser humano ao longo da história. Já promoveu e continua promovendo verdadeiras tragédias.
Normalmente associada a mentira e a inveja, tem como denegrir a imagem do outro. Atualmente, com nomes modernos como Fake News, tem afetado ao mesmo tempo milhões de pessoas em várias partes do mundo.
As fofocas estão nos meios familiares, na comunidade, na política e nos salões da fama. Na família é muitas vezes responsável por desavenças e inimizades entre seus membros.
Na comunidade impede o crescimento e o espírito de solidariedade e confiança entre seus pares, dificultando assim o desenvolvimento da igreja, das empresas e instituições.
Na política, talvez o pior lugar onde a fofoca e as fake News proliferam. Acusações sem provas para denegrir e destruir seus adversários políticos são verdadeiras “dinamites” na sociedade civil, chegando ao ponto de colocar em risco a própria democracia de uma nação.
Enfim, além de perda de tempo de quem fala e de quem ouve, a fofoca não acrescenta em nada no desenvolvimento pessoal e civilizatório da humanidade, por isto, ela deve ser evitada.
Cláudio Martins – Psicólogo Clínico
