Codependência: Eu havia perdido o controle
Conheci Jessica nessa época de sua vida. Ela estava prestes a aprender três
princípios fundamentais:
1) Ela não estava louca; era uma codependente. Alcoolismo e outros
distúrbios compulsivos são realmente doenças familiares. A forma como a
doença afeta a outros membros da família é chamada codependência.
2) Uma vez afetadas pela codependência, é como se ela assumisse vida
própria. É como contrair pneumonia ou um vício destrutivo. Quando
pega, fica.
3) Se quiser livrar-se disso, você terá de fazer algo para melhorar. Não
importa de quem seja a culpa. Sua codependência agora é problema seu;
resolver seus problemas é responsabilidade sua.
Se você é codependente, precisa encontrar sua própria recuperação ou seu
processo de cura. Para começar a curar-se, é bom compreender a
codependência e certas atitudes, emoções e comportamentos que geralmente
a acompanham. Também é importante mudar algumas dessas atitudes e
comportamentos e compreender o que se deve esperar quando essas
mudanças ocorrerem.
Este livro ajudará nessas compreensões e encorajará as mudanças. Tenho
o prazer de dizer que a história de Jessica teve um final feliz – ou um novo
começo. Ela melhorou. Começou a viver sua própria vida. Espero que você também consiga.
Do livro: Codependência Nunca Mais
Meu comentário:
É importante ressaltar que a Jéssica, assim como todos os codependentes, não começou a se tornar uma codependente a partir da relação com o seu dependente. Segundo os estudos, a codependência nasce na nossa infância e perpetua durante toda a nossa vida, afetando diretamente nossa qualidade de vida e nossas relações sociais como um todo.
Como causas da codependência, o livro “O amor é uma escolha” define:
a) – Necessidades emocionais não preenchidas;
b) – Infância perdida;
c) – Compulsão por repetir a história da nossa família disfuncional.
Portanto, a escolha de um parceiro dependente ou mesmo o surgimento de filhos dependentes podem ter como “pano de fundo” a codependência transgeracional, ou seja, a codependência passando de geração em geração.
Entender esse processo é fundamental para interrompê-lo. Fica aí a dica.
Cláudio Martins Nogueira – Psicólogo – Especialista em DQ