A igreja e o bar
Um homem foi à igreja, ele esqueceu-se de silenciar o telefone, que acabou tocando acidentalmente durante a oração.
O líder o repreendeu veementemente por isso.
Os membros falaram sobre o quanto interromper a reverência foi inapropriado.
Sua esposa continuou a repreendê-lo por conta de seu descuido durante o retorno pra casa.
Quem olhasse para ele, perceberia a vergonha, o embaraço e humilhação que ele sentia.
Depois disso, infelizmente, ele não voltou à igreja.
E, naquele mesmo dia, ele decidiu ir a um bar.
Ainda estava bem chateado. Por conta disso acabou derrubando o copo de bebida sobre a mesa em que estava.
O garçom limpou a mesa e ofereceu guardanapos para que ele se limpasse. Outro funcionário veio e limpou o chão.
A gerente ofereceu-lhe outro drink e deu-lhe um abraço amigável, dizendo:
“Não se preocupe … quem nunca cometeu erros?”
Desde então ele é cliente assíduo do estabelecimento.
Algumas vezes nossa atitude como membros afasta as pessoas que deviam ser instruídas por nós.
Podemos fazer toda a diferença na vida de alguém, especialmente quando esse alguém comete erros.
Autor desconhecido
Meu comentário:
Infelizmente, já presenciei algo muito mais grave dentro de uma igreja. Um alcoolista estava no culto e foi até o altar junto com os demais fiéis para fazer a oração que o líder gostaria de fazer colocando a mão na cabeça de suas ovelhas.
O líder fez suas orações normais e logo em seguida pediu para todos voltarem aos seus lugares. O alcoolista embriagado não obedeceu a ordem do mesmo e queria falar com ele algo. O pastor recusou dar atenção para ele e ainda repreendeu os obreiros dizendo:
– Quem deixou esse homem entrar nesta igreja? Quando eu era obreiro isto acontecia.
Os obreiros obedecendo a ordem do líder começou a empurrar o bêbado para fora da igreja. Os fieis começaram a gritar:
– “Queima….queima…queima”
A histeria foi tamanha que comecei a ficar preocupado pois para entrar na igreja tinha uma escada de vários degraus. Tomei a iniciativa de ir lá falar com o pastor que estava ajudando a expulsar o “pobre” homem. Com cuidado falei para ele:
– Pastor, este homem está doente. Ele está alcoolizado. Não devem fazer isto com ele.
O pastor olhou para mim com surpresa e pediu aos obreiros largarem o homem. Com cuidado, o pastor foi pastor desta ovelha perdida. Abraçou ele e com delicadeza, assentou ele no banco no fundo da igreja e pediu para uma obreira ficar do lado dele.
Costumo dizer nas minhas palestras e vídeos que temos um concorrente muito forte: O dono do bar. Ele conhece seu cliente pelo nome, pergunta por toda a família e ainda libera crédito para o cliente sem consultar o SPC
A família também deve fazer uma reflexão sobre como está tratando este doente.
Cláudio Martins Nogueira – psicólogo clinico – Especialista em DQ