Rotina codependente
Sempre pronta para resolver os problemas de todos.
Sempre, mesmo que doesse muito. Apesar do cansaço, adiando-se e não se priorizando.
Várias doenças surgiram que não respondiam ao tratamento médico.
Não era bactéria, nem metabolismo, nem vírus. Era stress, frustração, angústia. Ninguém percebeu. Todos pensavam que sempre aguentasse, que era a mais forte, que não precisava de ninguém…
Aquela solidão, um abraço que nunca veio, de uma calma não permitida, uma demanda que nunca parou, lágrimas que nunca vieram…
Atingiu o fundo do poço, se tornou ‘louca’!
E é inútil esperar que o outro faça o que você deveria fazer por você mesma. Você deve perceber, que às vezes, o NÃO é necessário.
A abnegação pode ser uma virtude moral, mas não têm nada a ver com saúde mental, e sim, sacrifício.
O sacrifício constante dói, deixa você doente.
Quando você dá sua vida para o outro, você a perde.
É como um suicídio em câmara lenta.
Está morrendo um pouco a cada dia. Dor, doença, morte. Não é assim. Não deveria ser assim.
Você só sai deste caminho amando a si mesma.
Paulo Cesar.
Meu comentário:
Na codependência não vivemos, morremos a cada dia pelo outro num martírio sem fim. Nesta rotina, o adoecimento é inevitável.
A fragilidade do codependente é tamanha que ele será muito fácil ser manipulado pelo dependente químico (não só por ele, mas por qualquer dependente).
Não temos outra saída: ou a gente se trata e busca nossa autonomia ou estaremos fadados ao adoecimento psíquico, emocional, social e até mesmo físico, podendo nos levar à morte.
A ESCOLHA É SUA, AS CONSEQUÊNCIAS TAMBÉM.
Cláudio Martins Nogueira – Psicólogo Clínico e especialista em DQ