O Poder da família – parte final (Continuação da edição anterior)
Entendendo a família
1 – “Consertem meu filho sem me perturbar” – Esta frase sintetiza aquilo que os psicólogos e pedagogos sentem quando os pais procuram ajuda para seus filhos. Os pais e demais membros da família precisam entender que o comportamento de um membro afeta todos da família.
2 – Regras familiares
– “A família tende a ser homeostática, isto é, sua meta é alcançar uma constância relativa e preservar a estabilidade diante de circunstâncias de mudanças.” Para alcançar este objetivo, as relações sempre entram em atritos para depois alcançar a estabilidade emocional.
3 – Subsistemas familiares:
3.1 – Desengajados – São aqueles em que alguns membros da família não se relacionam entre si. Muito comum o pai e/ou adolescente ocupar este lugar.
3.2 – Emaranhados – São os membros que mantém uma vinculação muito intensa. A mãe e seus filhos é um exemplo clássico disto
3.3 – Interdependentes – São aqueles que constroem seus relacionamentos afetivos numa relação de trocas interpessoais.
É importante fazer este diagnóstico familiar para a partir dele, estabelecer estratégias para todos caminharem para um sistema familiar interdependente.
4 – A formação de limites e regras:
Os limites na maioria das famílias são invisíveis. Eles vão se estabelecendo de acordo com a cultura da família e da sociedade. Eles variam da seguinte maneira:
4.1 – Rígidos – São famílias onde o diálogo, o afeto e a cooperação não existem. Os pais são o limite. Eles não conversam com seus filhos e vice versa.
Prováveis sintomas: Desengajamento, isolamento, autonomia, independência, revolta, medo, codependência, dependências diversas.
4.2 – Difuso – São limites frágeis e não consistentes. Alteram de acordo com o humor dos pais e demais familiares adultos. Eles criam um espaço vazio de poder que de alguma forma vai ser disputado por todos os membros da família.
Prováveis sintomas: Emaranhamento, afetividade excessiva, dependências diversas, permissividade, desagregação, Insegurança, conflitos e desorganização
4.3 – Família saudável (funcional)
Limites Claros:
“Famílias felizes têm limites claros entre seus membros. Eles compreendem e aceitam que cada um seja, de certa forma, diferente,” “negociação consiste em aceitar as diferenças e trabalhar para alcançar metas comuns.”
Flexibilidade:
“Em famílias saudáveis às regras sociais são claras, porém, flexíveis para estarem sempre sendo adaptadas às mudanças no ciclo da vida familiar”.
Organização Hierárquica:
“Os pais estão no comando. Os filhos sendo comandados.
É possível perceber que o autor chama de Família Saudável (funcional) nós chamamos de Amor Exigente. Esse sim é o “PODER DA FAMÍLIA”.
Cláudio Martins Nogueira – Psicólogo Clínico – Especialista em DQ
Obs.: Texto baseado no livro: O poder da família – A dinâmica das relações familiares
Autor: Michael Nichols – Edição esgotada no Brasil