A corda arrebenta pelo lado mais fraco
By Cláudio

A corda arrebenta pelo lado mais fraco

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Talvez um dos ditados mais simples e rico em sabedoria que existe é este: A corda arrebenta pelo lado mais fraco. Precisamos, no entanto, refletirmos sobre qual o lado mais fraco? Para respondermos a esta pergunta é fundamental produzirmos um processo de autoconhecimento e de conhecimento também do outro lado. Só assim será possível fazer uma avaliação mais precisa sobre qual o lado mais fraco.
Para exemplificar o parágrafo anterior, nada melhor do que esta situação:
Uma mãe, já idosa, enfrenta o desafio de ter um filho de cerca de 40 anos envolvido com o álcool e outras drogas. Fisicamente falando, o filho é o lado mais forte da corda, enquanto que esta mãe é o lado mais frágil. Afundada na sua codependência e nas suas fragilidades naturais da idade avançada, ela se submete a todas as formas de abusos físicos e emocionais. A corda sempre arrebenta do seu lado e o seu filho vai avançando na evolução da sua doença. Se isto não for contido de alguma maneira pode desencadear crises cada vez maiores culminando numa tragédia.
Por este motivo que é fundamental a família se envolver no tratamento. Através dele, os membros da família vão se fortalecendo o lado mais frágil da corda e enfraquecendo até então o lado mais forte ( o do dependente).
Com atitudes mais firmes e assertivas, a família começa a jogar a crise para o colo do dependente que, sem ter uma saída, procura a saída do tratamento. A família como suporte vai possibilitar a continuidade do seu tratamento, além é claro, do seu próprio tratamento.
Portanto, este ditado “a corda arrebenta do lado mais fraco” está correto, porém, a ressalva do nosso fortalecimento pode mudar o lado mais fraco da corda. Vale a pena tentar.
Cláudio Martins Nogueira – Psicólogo Clínico – Especialista em DQ

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  • 06/02/2023
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