O violão
Assistindo uma palestra eu ouvi a metáfora do violão. A palestrante contou que quando ainda era adolescente tinha um sonho de aprender a tocar violão. Como a maioria dos adolescentes, infernizou a vida de seus pais pressionando os mesmos a comprar um violão.
Passaram vários anos, devido as dificuldades financeiras da família, este sonho jamais foi realizado até que, já no mercado de trabalho, ela mesma adquiriu o tão sonhado violão.
Após a empolgação dos primeiros meses de aulas, de treinamentos incansáveis, a jovem acabou mudando o foco para outros interesses. Foi se dedicar aos estudos, a espiritualidade, a vida afetiva e tantas outras coisas normais de uma saudável mulher.
O violão? aha o violão!… ficou esquecido num canto isolado do seu quarto. Passaram vários anos e aquele maravilhoso violão não produzia música, não balançava suas cordas. Era um instrumento musical maravilhoso que não exercia sua missão: encantar e emocionar pessoas.
Assim como o violão, muitos de nós passamos pela vida sem se aventurar a viver. Não tocamos a nossa música por falta de perseverança, por medo ou comodismo mesmo. Chegamos na idade adulta ou na melhor idade e quando olhamos para trás, nos sentimos como este violão abandonados num canto escuro do quarto da vida.
Precisamos aprender a viver vivendo. Enfrentar nossos desafios e olhar para eles como uma oportunidade de crescimento. Aprender a tocar as notas musicais no nosso violão chamado vida. Milhares de pessoas esperam estes acordes, esta poesia e estas palavras de alento, conforto, otimismo e alegria.
O que vale um violão encostado sem ir para o palco da vida. O nosso corpo é o violão. A nossa alma é o músico. A sintonia e a harmonia dos dois trás como resultado o show.
Para pensar: Onde está seu “violão?”
Cláudio Martins Nogueira -Psicólogo Clinico – Especialista em DQ