O Poder da família – parte 02 ( Continuação da edição anterior)
By Cláudio

O Poder da família – parte 02 ( Continuação da edição anterior)

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5 – Introduzindo o tema:
O autor faz uma analogia bastante interessante sobre as fases do envolvimento afetivo do ser humano.
Primeira fase: É a fase do namoro, normalmente movida com os sentimentos de uma criança. O sentimento predominante é a paixão onde o sujeito se apaixona pelo o outro “idealizado” no seu “Eu”. Nesta etapa não tem muitas vezes o espaço para o amor verdadeiro, apesar dos envolvidos acreditarem neste sentimento.
Os conflitos entre as diferenças e semelhanças começam a aparecer, assim como uma tentativa as vezes desesperadora de tentar moldar o outro conforme minhas idealizações. É neste contexto que entra o ciúme, a insegurança e o medo de perder e não ser amado.
Com o tempo da relação, a realidade vai “atropelando” a idealização. O sentimento de frustração e as brigas começam a surgir e não raras vezes a relação termina com aquela sensação de frustração.
Na fase do namoro, na maioria das vezes, especialmente no início da relação, damos o melhor de nós mesmos, tentando ocultar nossas “mazelas”, que, mais cedo ou mais tarde, começam a ficarem explícitas.
Segunda fase: É a fase do noivado onde os sentimentos são de um adolescente. Aqui as semelhanças se tornam maiores do que as diferenças e o lado “princesa” ou “príncipe” se torna maior do que o lado “bruxa” ou “sapo”. Aqui o casal tem consciente das fragilidades do parceiro (a), mas mesmo assim, acreditam que valem a pena apostar nesta relação. É a fase intermediaria entre a paixão e o amor. Alguns casos, os dois evoluem para o casamento ainda com as fantasias infantis, acreditando que casando vão ficar livres dos problemas da família disfuncional de origem e serão “felizes para sempre” na nova família a ser constituída

Terceira fase: É a fase do Casamento onde os sentimentos são de uma pessoa madura. Normalmente, os problemas econômicos, sociais, relacionais são superados e o anseio de um crescimento pessoal e um desejo de complementação do parceiro (a) de caminhada se estabelece. Nos primeiros anos, as dificuldades de adaptação a costumes, valores e crenças se tornam tão claras que muitos não estão maduros o suficiente para superá-las. Mais uma vez a realidade se sobrepõem ao imaginário (expectativa) e infelizmente, muitos casais vão optar pela separação.
Na prática, a maioria entra numa relação com seu tanque de amor vazio e transfere para o outro a responsabilidade de enchê-lo. O problema é que não raras vezes o outro também está entrando nesta relação com o tanque na reserva. Dois seres carentes de afeto e de amor iniciando uma relação a dois recheada de tantos desafios. Não é de estranhar o alto índice de separação nos dias de hoje.

Continua na próxima edição

Cláudio Martins Nogueira – Psicólogo Clínico – Especialista em DQ

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  • 07/12/2022
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