Cuidado! Álcool também é droga pesada.
Logo nos primeiros goles, o álcool ingerido vai para o estômago, é absorvido e começa a viajar pelo corpo por meio da corrente sanguínea, passando pelos órgãos e até o cérebro. O tempo que demora essa viagem pelo sangue depende de vários fatores, como quantidade de bebida ingerida, volume de gordura no corpo, etc.
O uso frequente de bebida alcoólica pode levar a situações de abuso e dependência química. Quando os sintomas do uso do álcool começam a demorar em aparecer, ou ficam amenizados, isso significa que o organismo está se acostumando à substância, ou seja, quando achamos que estamos ficando mais fortes para a bebida, ou seja, mais tolerantes, isso quer dizer que já nos adaptamos a ela. É uma péssima notícia e uma enorme desvantagem.
Além da preocupação com a dependência, temos ainda os danos que o uso frequente de álcool causa aos órgãos internos. Os mais vulneráveis são:
Cérebro – o álcool afeta o Sistema Nervoso Central e pode causar perda de reflexo, problemas de atenção, perda de memória, sonolência e coma, que pode levar à morte.
Coração – o álcool libera adrenalina, que acelera a atividade do sangue no coração, aumentando a frequência dos batimentos cardíacos.
Fígado – altera a produção de enzimas, mudando o ritmo do metabolismo do álcool consumido, ocasionando inflamação crônica, hepatite alcoólica e cirrose.
Estômago – irrita as mucosas do estômago e esôfago, ocasionando esofagite, gastrite e diarreia.
Rins – o efeito diurético do álcool acaba por sobrecarregar os rins, comprometendo a eficácia do processo de filtragem das substâncias que ocorre nesse órgão.
Fonte: Psiquiatra Dr Claudio Jeronimo
Meu comentário:
Além destes efeitos citados na matéria, podemos acrescentar danos no pâncreas, mais conhecida como pancreatite, paralisia dos membros inferiores em decorrência de inflamação dos nervos periféricos, diabete alcoólica devido a dificuldade do pâncreas produzir insulina, degeneração dos tecidos da pele.
Somado a tudo isto, os problemas emocionais e psíquicos são potencializados como perdas de memória, delírios alcoólicos, ansiedade generalizada, agressividade excessiva, intolerância, surtos psicóticos com possíveis agravamentos da saúde psíquica do usuário.
Como consequência de todo este quadro, temos ainda a violência doméstica, a destruição de famílias, os traumas nos filhos, o aumento de riscos de acidentes de trânsito e de trabalho.
Nos dias atuais, o uso do álcool pode facilitar o acesso as outras drogas. Como o álcool no Neocortex, região responsável pelo senso crítico e a racionalidade comprometendo o seu funcionamento, o usuário aumenta a probabilidade de experimentar outras drogas, hoje tão disponíveis nas festas.
Por tudo, pense mil vezes antes de colocar esta droga em sua boca, afinal, ninguém sabe direito quem tem a tendência para desenvolver esta doença chamada alcoolismo.
Cláudio Martins Nogueira -psicólogo Clínico