A importância dos limites
Pais que tem dó dos filhos e os superprotegem constroem relações de dependência e co-dependência, com alto custo emocional, sobretudo se os filhos já são maiores de idade e aptos a assumir a própria vida.
Pais que tratam filhos adultos como crianças não confiam em suas habilidades e não os deixam crescer. Com isso sustentam adultos narcísicos e críticos, aos pais e à vida, querendo receber sem conquistar e achando que a vida os deve servir segundo a sua vontade, inábeis para construir o seu próprio destino.
Colocar limites e proteger dentro do que cada etapa de vida requer, estimulá-los e deixá-los descobrir e despertar as próprias capacidades e potencialidades é tarefa de sabedoria dos genitores, que devem permitir que eles se responsabilizem pela vida na medida do possível e necessário, tanto quanto pelas conquistas pessoais.
Mas somente os pais que estão no seu lugar na ordem familiar o fazem. Aqueles que invertem a ordem com os filhos não tem força para impor-se como autoridade, porque no fundo, frequentemente, não respeitam os seus próprios pais ou colocam os filhos em lugares que não lhes cabe ocupar (dos avós, como marido da mãe ou esposa do pai, por exemplo).
Então, como ajudar a si mesma(o) e aos filhos? Curando a sua própria condição de filha(o), olhando para seu lugar na ordem familiar, conectando-se à força da raiz, para dar aos frutos a liberdade de seguirem seu próprio destino, com autonomia e responsabilidade.
Arte: Renato Cambraia