Codependência: A ajuda que atrapalha
By Cláudio

Codependência: A ajuda que atrapalha

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Você conhece aquela história que escutamos sempre que pegamos um avião e que diz: Caso o avião despressurize e máscaras de oxigênio caiam, coloque primeiro a máscara em você, para depois ajudar os outros?

Pois é esta a lição que está fazendo falta na vida de uma pessoa codependente. Ela coloca a máscara em todo mundo e quando se dá conta, está exausta, sem ar e profundamente ressentida por não ter sido vista, olhada ou ajudada.

O que a pessoa codependente não percebe, é que ela cai nas armadilhas que ela mesma armou. A pessoa codependente precisa se sentir grande, útil e necessária, já que ela só sabe existir se estiver neste lugar.

Qual a diferença entre altruísmo, generosidade e codependência?

 No altruísmo, bondade e generosidade genuínas, a pessoa está abastecida, nutrida e tem o necessário para ela mesma, por isso pode doar! Suas doações são desinteressadas, já que ela se sente recompensada pelo prazer da própria doação. Não precisa de reconhecimento ou retribuição, pois já se sente suprida pelo próprio ato de doar.

A pessoa altruísta e generosa, está consciente de seus limites. Doa porque tem, porque pode e sabe o quanto está disposta a doar. Por isso pode dar e ainda continuar se tendo.

Já a pessoa codependente oferece aquilo que ela não tem, já que está cansada, exaurida, carente e não tem nem para ela. Na busca por reconhecimento, amor e pertencimento, se esforça para cumprir o papel que acredita ter que desempenhar.

Engana-se e muito quem restringe a codependência exclusivamente a familiares e cônjuges de dependentes químicos. A codependência está muito mais presente em nossa sociedade do que podemos imaginar.

O codependente tem a necessidade de ser útil e de controlar

 Não é por acaso que a pessoa codependente vive em relações com pessoas dependentes, instáveis emocionalmente, frágeis ou que necessitem dela de alguma forma. Ela depende da dependência do outro para sentir que existe!

Desenvolvimento humano

Se a dependência termina, ela não sabe como se portar, pois só sabe existir sendo útil, servil e necessária.

Eu não existo longe de você

A pessoa codependente necessita do outro para existir e em sua ausência sente-se sem valor, angustiada e com um vazio gigante! Ela está sempre muito preocupada com o seu entorno, sempre vigilante e para que esteja bem necessita monitorar se todos estão bem. Sente-se completamente ligada emocionalmente ao meio e ao outro, é facilmente invadida por acontecimentos externos ou pelo estado emocional das pessoas com quem convive.

Dificuldade em acreditar que merece receber

 Os codependentes como já falamos antes, escolhem muitas vezes sem perceber, relações em que possam ser necessários, mas e se por acaso o outro se tornar independente e não precisar mais daquela ajuda, o que acontece com esta relação?

Com a independência do outro o codependente se sente altamente ameaçado, pois não imagina que tem o direito de ser amado pelo que ele é, pensa que só pode ser amado pelo que ele faz. E caso ele sinta que o outro não precisa mais dele, não consegue imaginar que o outro possa querer ficar.

A questão começa muito cedo e a pessoa codependente entende que sua forma de estar no mundo é servindo. Mas não é!

Com um trabalho terapêutico consistente e a ajuda de grupos de apoio, é possível passar a habitar um lugar mais digno no mundo.

Entenda! A boa ajuda não prejudica nenhuma das partes, portanto, coloque a máscara primeiro em você!  E após se abastecer suficientemente estará apta a prestar uma real boa ajuda a você e ao outro!

 

Fonte: Introdução a Codependência e a Dependência do Vínculo

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  • 24/02/2022
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