Seja Feliz
Quando meu filho nasceu, pedi a Deus que ele fosse feliz. Todo dia em minhas orações rogava aos céus que iluminasse seus caminhos e que sua vida fosse maravilhosa. Sentia que Deus respondia minhas súplicas cada vez que via um sorriso largo estampado em seu rosto.
Meu bebê cresceu, passamos dias difíceis quando ele se apaixonou pelas drogas, tive momentos de muita tristeza e tive que aprender a respeitar as opções de vida que ele escolheu. Como entender que meu filho caminhava por um caminho que não era o meu? Afinal de contas na minha fantasia de mãe eu havia feito uma estrada florida sem pedras pra que ele pudesse caminhar sem machucar os pés.
Mesmo assim continuava pedindo para que ele ainda fosse feliz, e foi com a ajuda de mãos entrelaçadas as minhas formandas um círculo de força, fé e alegria com todos vocês do AMOR EXIGENTE e do nosso psicólogo CLÁUDIO MARTINS que consegui amar meu filho com mais puro sentimento que encontrei dentro do meu coração. Olhando seus erros tropeços e consequências me revesti de coragem e tomei atitudes, abrindo mão de direito do sofrimento que é concedido às mães.
Quis não acreditar no que estava acontecendo. Iludi a mim mesma, tentando pensar que não estava acontecendo comigo. E quando realmente assumi a verdade de que meu filho havia se tornado um usuário, pensei ter o poder de resgatá-lo com as minhas forças, com meu amor de mãe. Tentei quase tudo para que meu filho enxergasse a escuridão em que se encontrava e buscasse o caminho da luz. Me percebi fraca, impotente, lutando sozinha e sem solução.
Somente quando admiti a minha impotência e reconheci os meus limites, me conscientizando de que meu filho é um ser único, cheio de vontades, e nesse momento da sua vida, adoecido pela dependência química, vi também, que não tenho o “poder“ de controlá-lo. Meus recursos são limitados: recursos físicos, materiais, financeiros, psicológicos, emocionais, e até mesmo espirituais.
Foi nessa hora, quando aconteceu esse meu “despertar”, que me descobri também adoecida, codependente, e pedi ajuda, não para o meu filho, embora ele necessite. Mas pedi ajuda para mim, pois “aceitei” que eu não preciso ser forte o tempo todo. Que mãe não é sinônimo de solução para todos os problemas, mãe não consegue resolver tudo sozinha, mãe também sente, também chora, também adoece. E por tudo isso, MÃE também cuida de si, e se ama. Mãe ama a todos, especialmente seus filhos, e seu amor se dilata, não cabe em si mesma. Mas hoje, como mãe, eu sei, que só sou capaz de amar intensamente, com qualidade, e com um amor-exigente, à medida que me amo verdadeiramente, e ao Deus que habita em mim!
Deus milagrosamente me superou todas as expectativas.
Nós ficamos mais próximos e vimos quanto o verdadeiro amor é capaz de fazer milagres.
Hoje me resta a agradecer a todos do “Amor exigente” e também ao Dr Cláudio pelo carinho e acolhida. Gratidão sempre!!!!!
Claudia Bernardes Maciel