A história das pitangas
Em casa, na fazenda, estando em companhia de um neto de 8 anos que brincava distraído por perto, recebeu um telefonema e, emocionada, depois das primeiras palavras, começou a chorar compulsivamente, e o assunto estendeu- se em conforto a pessoa do outro lado, sem, no entanto, estancar lágrimas que fluíam com coração exposto por um final infeliz daquele rapaz que ela, solidária, dizia “seu filho.”
Assim ela tratava os filhos de mães que buscavam sua orientação e apoio.
O menino, seu neto, percebeu a tristeza da avó e quiz saber o motivo, e ela, sabiamente, explicou como pode, dizendo que um rapaz – filho daquela mãe que ela conversava-usou uma substância que não era boa porque assim que experimentou, não conseguiu controlar-se e passou a usar mais e mais, até que o exceder-se tirou-lhe a vida.
O neto compadeceu- se do caso fazendo perguntas e a avó, depois da explicação para entendimento coerente com a idade do menino, lembrou- se de um pé de Pitanga no quintal, que estava “carregadinho” de frutas.
Puseram-se a chupa-las, uma após a outra.
Algumas muito doces, pedia outra para postergar o prazer delicioso da fruta madura, e vinha outra não tão doce ou azeda, que pedia outra mais doce para recuperar o prazer gustativo daquela beleza de frutinha.
E assim foi, até que o menino interrompeu a “ação prazerosa,” aparentemente inocente de desfrutar o sabor de pitangas em busca das mais doces, observando que esse era um comportamento semelhante ao do garoto que, em busca de mais e mais substância, entregou sua vida em troca da dificuldade que se deparou de interromper um consumo prazeroso.
O neto assimilou a lição:
_”Vovó, estamos fazendo igual ao menino!”
Assim é D. MARA! Educando pelo exemplo vivo experienciado.
Obs.: Dona Mara é a Co-fundadora do Amor Exigente no Brasil.
Texto enviado pela voluntária do AE Lucimar