Os dez traços de um codependente – Final
By Cláudio

Os dez traços de um codependente – Final

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Traço n:09 – A vida de um codependente é pontuada de extremos.
Assim como o dependente, o codependente possui uma personalidade muito vulnerável, Suas oscilações do amor é muito frequentes. A sua tendência de fazer uma tempestade num copo dágua ou se omitir diante de uma realidade cruel é uma constante na sua vida. Ele vai do oito ao oitenta em poucos segundos. Não é sem motivos que sua relação com outros codependentes e com o dependente é pautada por conflitos cada vez mais intensos.
Este é um dos motivos que todos da família devem se envolver no tratamento. Pouco eficaz é aquela busca incansável do tratamento focado só no dependente. Muitas famílias cometem este erro. Levam o dependente ao psicólogo, ao psiquiatra, ao grupo de apoio e até à internação e não se envolvem no tratamento. Quando voltar a conviver juntos, os familiares codependentes serão os facilitadores de uma possível recaída.
Para evitar isto é fundamental que todos assumam a responsabilidade do auto cuidado e do próprio tratamento. Assim a probabilidade do sucesso de todo o processo se torna cada vez maior.
Traço n:10 – O codependente está sempre procurando por alguma coisa que falta em sua vida
O codependente precisa do dependente da mesma forma que a dependente precisa do codependente. O processo de adoecimento se retroalimenta e os dois precisam de ajuda. O codependente ao voltar o foco só para o dependente não consegue se olhar. Ele encontra no outro o sentido da sua vida. Desta maneira ele (o codependente) não precisa olhar para suas mazelas.
O sofrimento é tamanho que o codependente procura ajuda, a princípio para ajudar o dependente. Ao longo do tratamento, ele vai perceber a tomar consciência da sua fragilidade e que precisa olhar para suas faltas emocionais e muitas vezes físicas e materiais.
Quando o dependente consegue se estabilizar, o codependente não raras vezes entra num processo de depressão e ansiedade, afinal, o seu objeto psíquico que tamponava sua falta não existe mais.
É neste sentido que o codependente precisa aprender a preencher esta falta na sua vida com algo mais saudável e construtivo do ficar “monitorando” a vida do dependente.
Cláudio Martins Nogueira – Psicólogo Clínico
Baseado no livro: “O amor é uma escolha”- Autores: Dr. Robert Hemfelt, Dr. Frank Minirth e Dr. Paul Meier.

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  • 26/11/2021
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