Quem caça acha
Objetivo, assertivo e direto. Talvez seja um dos ditados menores que existe. Três palavras que falam tanto para a nossa alma. Elas possuem o poder de mudar nossas vidas de uma maneira tão incrível que foi graças a elas que conseguimos descobrir tantas coisas ao longo da existência humana na face da terra.
Este ditado é o responsável pela preservação da vida. Todos os animais, insetos e aves utilizam deste princípio para a sua sobrevivência. No ser humano ele se manifesta também de uma maneira marcante através da curiosidade.
Através da curiosidade oriunda do desenvolvimento sofisticado do seu cérebro, o homem foi “caçando” conhecimento além de alimentos. Graças a esta característica exclusiva da nossa raça, conseguimos além de sobreviver, dominar outras espécies e desenvolver todas as tecnologias ao longo da nossa história.
A busca incessante pelo autoconhecimento e pelos segredos da natureza nos possibilita o processo evolutivo frequente ao longo da nossa vida. Aqueles seres humanos que negligenciam este processo de acumulação de conhecimento passam a viver como as demais espécies, ou seja, vivem em função de caçar alimentos e procriar.
Muitos talentos são desperdiçados quando o ser humano deixa de “caçar” conhecimentos. Agindo assim ele padece na ignorância do não saber, possuindo uma vida muitas vezes medíocre com muita dor e sofrimento.
Como diz um preceito bíblico: “A verdade vos libertará”. No contraponto podemos concluir: “A ignorância vos escravizará”. Vale ressaltar que estamos falando de busca incessante de experiências de vida, de perguntas frequentes e da “caça” constante de uma sabedoria. Não é apenas uma mera busca de informações acadêmicas e intelectuais, mas sim uma busca de respostas sobre as nossas intrigantes indagações.
Certa vez li em algum lugar: “Um jovem sem perguntas será um adulto sem respostas”. Acredito que a juventude é eterna quando as perguntas e a busca de respostas forem eternas.
Portanto, quem está sempre “caçando” terá sempre, além de respostas, muita sabedoria e juventude. Vamos caçar gente!
Cláudio Martins Nogueira – Psicólogo Clínico
