Você é um codependente?
1) Você procura sinais de ingestão de álcool ou outras drogas, cheirando o hálito, observando o olhar, atitudes ou vasculhando o quarto, objetos e roupas do adicto;
2) Passa a noite em claro esperando ele(a) chegar;
3) Liga ou manda dezenas de mensagens no celular, normalmente ignoradas;
4) Quando ele(a) volta pra casa, você percebe que ele(a) usou droga ou bebeu e você começa discutir e a ser ofendida ou ignorada;
5) Ele(a) grita, você também, discutem alto e percebe que os vizinhos estão ouvindo tudo e você sente uma profunda vergonha e tristeza;
6) Ele(a) não quer te ouvir, mas você insiste e nada que você fale ou faça surte efeito no adicto;
7) Diante da discussão, ele (a) sai de novo pra rua, sem dizer para onde vai (e o ciclo recomeça);
8) Você vê a pessoa que você ama saindo de casa e você vai para o seu quarto, onde chora sozinha, se perguntando (e até se culpando) onde você falhou;
9) Ele(a) prometeu várias vezes que iria parar de beber ou usar outras drogas e que seria a última vez, mas isso não aconteceu;
10) Em razão da sua dedicação tão exclusiva, disfuncional e irrestrita, você se sente infeliz, explorada e impotente?
11) Você vê as dúvidas e neuroses te corroer por dentro, suspeitando de tudo?
12) Aos poucos, a tentativa de prevenir o uso de drogas vira uma caçada a elas, não é verdade?
13) Sua vida, planos e rotinas do dia a dia são quase sempre alterados e organizados em função do adicto?
14) Você muitas vezes (quase sempre) abre mão de sua rotina, trabalho, planos e sonhos para tentar tirá-lo(a) dessa situação;
15) Você faz de tudo para impedir que a adicção chegue ao conhecimento de amigos, vizinhos e conhecidos?
16) Já chegou a regular a vida do adicto, impondo regras e controlando refeições, banhos, lazer etc, mas nada surtiu o efeito esperado?
17) Você se cobra para dar conta de tudo (física e emocionalmente)? Vive no automático, no seu limite, cumprindo tarefas, está desconectada de você mesma e está sempre estressada e sem energia?
18) Aos poucos, sem perceber, você passou a apresentar os mesmos sintomas do adicto. Sofre tanto quanto ele ou até mais, pois ao contrário dele(a), que é dependente químico, você não faz uso de álcool ou outras drogas para tentar suportar a dor de ver alguém que ama negligenciando a própria vida. Uma guerra silenciosa e solitária, não é triste?
Se você respondeu sim a pelo menos três destas perguntas você é um codependente. Lembrando que a codependência é um transtorno não necessariamente atrelado a um dependente químico, mas sim, a um dependente (emocional, financeiro, limitação de saúde física e/ou psíquica, etc.)
Autor: Cláudio Prates.
Adaptação: Cláudio Martins – Psicólogo clínico – Especialista em dependência química