Quem bebe água na mão dos outros morre de sede
Como todo ditado popular, esse também de maneira simples e objetiva, nos ensina os riscos de ficarmos na mão de outras pessoas. Ele nos convida a refletir sobre o perigo de qualquer tipo de dependência.
Recentemente, fiz uma descoberta incrível. Ao reler a Bíblia Sagrada eu entendi a profundidade do primeiro mandamento enviado por Deus ao seu povo através das mãos de Moisés: Amar a Deus sobre todas as coisas.
O despertar que tive foi entender que temos que amar mais a Deus do que tudo na nossa vida, afinal, em qualquer momento, podemos perder tudo e todos. Se amarmos mais nossos filhos, nossos pais e os nossos pertences, corremos o risco de morrer de sede. Em outras palavras, temos que aprender a beber da Água Viva, aquela que jamais deixará a sede voltar. Todas as outras “águas” são passageiras e, vindas pelas mãos dos outros, podem nos matar de sede.
Portanto, buscar a independência financeira, emocional, social e espiritual é fundamental na nossa vida. Não podemos deixar na mão de ninguém a nossa vida e a nossa felicidade. Nós que somos os responsáveis por construir tudo isto na nossa história. É claro que nesta caminhada, precisamos de suporte, de apoio técnico, dos nossos mestres, profissionais, guias e irmãos. Porém esta relação não pode ser de uma dependência física, emocional e psíquica.
O grande mestre não busca seguidores. Ele busca formar novos mestres para continuar sua obra. O verdadeiro líder forma líderes. Não subjuga ninguém. Não é autoritário. Ele é uma autoridade com seu exemplo de lisura e sabedoria.
Podemos, e às vezes, precisamos beber água nas mãos dos outros, porém, precisamos estender as nossas mãos para aprender a como beber com elas. Pensem nisto meus caros leitores.
Cláudio Martins Nogueira – Psicólogo Clínico