Cada cabeça… Uma sentença
By Cláudio

Cada cabeça… Uma sentença

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De maneira simples e objetiva este ditado define a subjetividade de cada ser humano. Apesar de existir bilhões de habitantes na terra e trilhões já se passaram por estas terras ao longo da história, nunca existiu ninguém igual a você e a mim.

A “fábrica” de Deus não possui produção em série. Cada sujeito foi, é, e sempre será único. Diante desta incrível realidade cada ser humano deve ser tratado como algo raro, precioso e dotado de uma capacidade impar, sem precedentes na história.

Cada cabeça percebe a mesma realidade de maneira diferente. O olhar faz a interpretação do fato. Este olhar é impregnado da história do próprio sujeito que esta olhando. De acordo com este olhar se molda uma sentença, um julgamento.

Se isto já é complexo por natureza, podemos aprofundar ainda mais esta reflexão. O mesmo sujeito, em épocas diferentes, possuem valores, crenças e “cabeças” diferentes. Ao longo da sua existência, com o amadurecimento psíquico fruto das experiências vividas, vai moldando este olhar de maneira mais refinada e com mais sabedoria.

Esta particularidade de cada sujeito, porém, não desvaloriza as semelhanças do humano e das comprovações científicas alcançadas ao longo do avanço da civilização. Exemplo clássico são os diagnósticos da medicina. Uma doença é classificada como tal de acordo com seus sintomas, suas características e sua atuação dentro do organismo.

A mesma leitura pode ser feita da dependência química. Apesar da individualidade, o desenvolvimento desta doença é semelhante em cada sujeito. Assim, na impossibilidade de estruturar um tratamento personalizado, o mesmo segue alguns padrões já comprovados como eficazes no tratamento desta doença.

Portanto, respeitar a individualizar é importante, mas conhecer a dinâmica coletiva dos nossos semelhantes é fundamental.

 

Cláudio Martins Nogueira – Psicólogo Clínico

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  • 26/10/2020
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