O hóspede
By Cláudio

O hóspede

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Todos nós, de alguma maneira, já tivemos a oportunidade de ficarmos hospedado em um hotel. Nós chegamos, desfazemos as nossas malas (às vezes nem isto). Não temos compromisso com quase nada.

No café da manhã temos mais de 50 itens para se alimentar e a gente reclama que o ovo frito esta mal passado. Exigimos nossas toalhas e apartamento limpos. A atenção e o cuidado dos atendentes, gerentes e demais funcionários tem que ser quase que total.

Saímos e chegamos sem dar nenhuma explicação para o “dono” da casa. O máximo que fazemos é obedecer algumas regras de convivência e horários pré-estabelecidos.

Passado alguns dias, pagamos as diárias e vamos embora sem nenhum vínculo afetivo com a “nossa” casa provisória daqueles dias.

Assim acontece com alguns adolescentes, jovens e até mesmo adultos. Eles convivem com os pais e com os demais familiares como se fossem hóspedes. Trancam-se nos seus quartos durante uma boa parte dos dias e só saem para se alimentar e tomar banho. Possuem as mesmas exigências de hóspede e descumprem até mesmo as regras básicas de convivência familiar.

Só tem uma coisa diferente do hóspede de um estabelecimento. Este hóspede que “mora” na nossa casa não paga diária.

Se você tem um “hóspede” deste jeito dentro da sua casa, você esta passando da hora de fechar este hotel e abrir sua casa familiar, ou seja, parar de dar tudo na mão dele, envolve-lo no cuidado com seu quarto, sua roupa e cobrar dele a cooperação com os serviços domésticos. Você deve exigir dele uma contribuição financeira para ajudar nas despesas da casa, mesmo que você não precise destes recursos.

Por incrível que pareça, ele vai gostar, apesar de que no início o “hóspede” vai reclamar dos “abusos” deste estabelecimento familiar.

Mãos a obra! Seu filho não pode ser seu hóspede!

Cláudio Martins Nogueira – Psicólogo Clínico

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  • 12/08/2020
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