O timão do navio
Imagine um navio no meio de um mar agitado. O vento, a chuva e as ondas gigantes vindos de encontro a ele. O capitão do navio deve pegar o timão com coragem e determinação. Orientar a tripulação de como deve proceder naquela situação e fazer tudo para proteger os passageiros.
Da mesma forma, precisamos ter esta postura no comando da nossa família nos turbilhões que tem passado nos últimos anos. Quando a “tempestade” da dependência química agita os mares da nossa família, os pais devem se apropriar do “timão” e, com a sua experiência, liderar os passos que o “navio familiar” deve navegar.
Infelizmente, muitas famílias que foram afetadas por um ou mais membros desenvolvendo a dependência química estão nas mãos dos mesmos. O navio está desgovernado no meio da tempestade. Os riscos de se chocar com uma ilha ou mesmo um iceberg é enorme e todos podem se afogar. Nada adianta o jogo da culpa nesta hora. A família esta à deriva das loucuras dos dependentes.
Quando o capitão não sabe para onde ir ele tem que acionar a marinha para pedir orientação. Estes sim, possuidores de mais informações, saberão conduzir a embarcação para um local seguro fora da tempestade.
Não podemos em hipótese alguma, deixar o timão na vida de um simples recruta inexperiente que são nossos filhos. Buscar ajuda é fundamental para retomar o comando da família, ou seja, o timão.
Cláudio Martins Nogueira – Psicólogo Clínico