Agir com respeito e fraternidade
Cada membro da nossa família é uma pessoa única, com suas características e peculiaridades e para vivenciarmos a prática deste princípio ético é fundamental que respeitemos as diversidades.
Para isso é necessário aceitarmos as pessoas como elas são. Cada um de nós possui pensamentos, comportamentos e visão de mundo que se divergem. Cada pessoa é única, faz suas próprias escolhas e age de acordo com sua personalidade. Desde que as atitudes e os comportamentos do outro não nos prejudique, não há porque querermos que sejam diferentes do que são.
Em relação aos parentes e afins são pessoas próximas de nós, que convivem conosco e essa aproximação não nos dá o direito de sermos grosseiros, estúpidos e mal educados. Muitos tratam pessoas desconhecidas com educação e respeito, no entanto, não adotam a mesma amabilidade quando se trata de pessoas da família e isso não é um comportamento equilibrado.
Agir com respeito e fraternidade exige de nós o reconhecimento de que às vezes também precisamos ceder e aceitar que também erramos, e que não há nenhum mal em reconhecermos uma falha. Reconhecer que erramos não é sinal de fraqueza, pelo contrário, abre a possibilidade da reconciliação.
A proliferação da fofoca é um dos comportamentos que mais desagrega o grupo familiar e devemos evitá-la a todo custo. Há um dito popular que cita que a fofoca morre nos ouvidos da pessoa inteligente, então, que sejamos.
Agregar a família é um bom começo para vivenciarmos esse princípio na prática, porém, um dos grandes problemas de aproximação do grupo familiar é que essa tentativa costuma ser regada a muita bebida alcoólica e assim, ao invés de agregar, gera conflitos e não raro, um momento que seria de alegria e confraternização termina em grandes confusões.
Por fim, devemos ter clareza que respeitar e agir fraternalmente com parentes e afins não significa aceitar ser explorado ou manipulado por estes. Agir com respeito não nos obriga a sermos alvo de parentes cujo único objetivo é agir com má fé e nos sugar. Certa vez o marquês de Vauvenargues citou que “Os tipos infames surpreendem-se quando notam que um homem bom também sabe ser esperto”. Ser bom não significa ser bobo.
Texto de Celso Garrefa
AE Sertãozinho SP