Drogas e família: Fases do tratamento – parte 3
By Cláudio

Drogas e família: Fases do tratamento – parte 3

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Terceira fase: Aprendendo coisas novas

A família:

Após as primeiras reuniões, os familiares dos dependentes vão para casa ainda cheios de dúvidas e incertezas, porém ao ouvir de outras pessoas experiências semelhantes às delas, elas vão embora com uma certeza apenas: Não estão sozinhas nesta luta e, por pior que esteja a situação do dependente, ainda resta uma esperança.

É preciso se agarrar a esta esperança acreditando mais uma vez na possibilidade de recuperação. A perseverança no tratamento nos grupos de apoio é fundamental para o aprendizado de técnicas e informações imprescindíveis para produzir as mudanças necessárias no seio da família. Além disto, a família poderá tratar da sua codependência, aprendendo cada vez mais como se deve agir com um dependente de drogas, melhorando assim sua qualidade de vida, mesmo em situações em que o dependente recusa o tratamento.

No início é comum nos sentirmos ofendidos, algumas vezes não iremos concordar com algumas colocações do grupo. A negação do problema e a resistência de aceitar algo novo que vai contra suas crenças antigas é uma situação normal. É importante a família entender que da forma que estava agindo não estava obtendo os resultados esperados. Portanto não temos outra forma se não a de mudar.

O dependente:

A cada reunião, o dependente vai escutar dezenas de histórias parecidas com a dele. Isto cria uma empatia enorme e a troca de experiências entre os dependentes vai proporcionar um crescimento pessoal, social e espiritual enorme. Alguns começam a mudar suas atitudes já logo após as primeiras reuniões. Outros já possuem mais dificuldades de produzir mudanças significativas, mas todos não saem imunes após estas reuniões.

Os dependentes que sentirem que só a participação nas reuniões não será suficiente para alcançarem a sobriedade podem tomar a decisão de solicitar a sua internação na comunidade terapêutica. Lembrando que este modelo do tratamento é voluntário, ou seja, o próprio dependente deve pedir sua internação.

O dependente começa nesta fase tomar consciência da gravidade da sua doença. Percebe que sozinho não vai conseguir alcançar bons resultados e que precisa de suporte físico, psicológico, social e espiritual.

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  • 08/12/2019
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