Um gambá cheira o outro
By Cláudio

Um gambá cheira o outro

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Como a maioria dos ditados populares, este ditado também vem do homem do campo. Os fazendeiros e os trabalhadores rurais perceberam que a grande maioria dos animais vive em bandos dos iguais. A necessidade de se agrupar é normal entre eles: Pássaros, aves, porcos, gados, cavalos, etc…

Com o gambá não é diferente. Ele sempre anda pelo campo, sobe nas árvores e fazem seus ninhos em grupo. Como este animal tem como mecanismo de defesa o mau cheiro, os demais animais fogem dele. Porém, outro gambá é capaz de conviver com este mau cheiro, daí veio este ditado: um gambá cheira o outro

Reportando este princípio para a convivência humana é possível perceber que não existe muita diferença destes animais irracionais. Os homens possuem uma necessidade de se agrupar, não entre os iguais, mas sim, entre os semelhantes. A diversidade humana é tamanha que temos a tendência a se agrupar com pessoas que possuímos afinidades. Atividade profissional, crenças religiosas, hábitos, lazer, situação socioeconômica, faixa etária, questão de gênero, atividade cultural e esportiva são apenas algumas situações que podem nos aproximar ou nos afastar uns dos outros.

Sendo mais específico, um dependente de álcool terá a tendência de se agrupar com outros dependentes. Da mesma forma, as pessoas que não fazem uso desta substancia,  vão ficar mais a vontade com outros que se abstém desta droga.

Não tem sentido, portanto, o dependente químico que tomou a decisão de abandonar as drogas continuar andando com os colegas que ainda fazem uso destas substancias. Muitos não conseguem alcançar a sobriedade porque ainda insistem em continuar frequentando os mesmos ambientes e convivendo com as mesmas pessoas. De tanto conviver com o gamba vai acabar acostumando com o cheiro dele e assim todo o tratamento esta correndo risco.

Fica aí o alerta.

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  • 07/12/2019
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