As consequências da recusa do tratamento
By Cláudio

As consequências da recusa do tratamento

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Na edição anterior discorremos sobre a importância do limite do tratamento. Considero o mesmo como o limite mais importante, afinal, dificilmente o dependente e o codependente vão conseguir superar esta doença sem ele. Estabelecer um projeto de tratamento então é fundamental para começarmos a resolver este problema tão grave. Juntamente com o dependente, os familiares devem desenvolver um programa semanal de reuniões, atendimento psicológico e médico quando necessário, além é claro, de alguma atividade religiosa, de preferência com os demais familiares.

Não adianta, no entanto, estabelecer este limite sem definir as consequências se por acaso não for cumprido o programa de tratamento. Vão aqui algumas dicas práticas para serem executadas de acordo com a realidade de cada família:

1 – A recusa imediata de qualquer tipo de tratamento deve vir acompanhada de um prazo para o dependente procurar outro local para morar: considerando que esta doença é progressiva e dificilmente eles conseguem parar de usar drogas sem tratamento, isto é inegociável. Se ele optar por isto não é você que esta colocando ele para fora de casa, é ele que esta saindo por escolha. Neste caso, é importante deixar claro que a casa continua aberta quando ele aceitar o tratamento que no caso seria apenas a internação em uma comunidade terapêutica;

2 – O dependente começa a negligenciar o tratamento: o dependente começa o tratamento e, aos poucos, ele vai se ausentando sem justificativas nas reuniões, no psicólogo e no médico. Neste caso, o dependente deverá perder gradativamente algumas regalias como: corte de mesadas, pagar o valor da consulta que ausentou, corte de mordomias como carro, videogame, celular, etc…

Se a situação continuar se agravando teremos que caminhar para o confronto da mesma maneira do item 01.

É importante ressaltar que devemos exigir o tratamento e não a abstinência do álcool e das outras drogas. Ela vai acontecer apenas ao longo do tratamento.

Outra ressalva importante é que a família também deve se envolver no tratamento, demonstrando na prática o seu comprometimento. É erro ficar exigindo do dependente o seu tratamento e a família não participar.

Lembre-se: um dependente na ativa só precisa do tratamento. Trabalho, estudo e mordomia não vão contribuir em nada a não ser em piorar a situação.

Fica aí as dicas. Bom tratamento a todos

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  • 15/08/2019
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