Amigos…amigos, negócios a parte
Este ditado voltado mais para os negócios pode ser entendido de várias maneiras e em muitas situações nas relações afetivas, familiares e profissionais. Todas as relações humanos deveriam ser pautadas nos princípios éticos, ou seja, nos valores morais de uma determinada cultura. Na democracia, independente dos laços afetivos envolvidos, deveríamos estar submetidos à lei em toda a sua plenitude. Neste ponto é importante ressaltar que entendemos não só a lei do Estado propriamente dita, mas também as leis dos costumes sociais e religiosos.
Para ficar mais claro nada melhor do que um exemplo prático. Um filho muito amado pelos seus pais e demais familiares começa a usar drogas e cometer pequenos furtos. É obrigação dos pais corrigi-lo e definir quais serão as consequências por estes atos contrários aos princípios familiares e sociais. O afeto e o sentimento não deveriam interferir nestas decisões. Filhos…Filhos, respeito à parte. Neste exemplo fica muito claro que por ser filho, o compromisso dos pais ainda é maior em educar do que se fosse no caso um estranho.
Num outro contexto é possível observar a eficácia deste ditado. Quando uma mãe, pai ou outro parente qualquer chega a fazer um empréstimo para um membro da família é muito comum o responsável pelo pagamento “enrolar” ou até mesmo não quitam seus débitos com o familiar pagando outros compromissos. Este fato acontece porque as pessoas envolvidas não respeitaram este ditado. O negócio ficou misturado com o pessoal.
No contexto empresarial propriamente dito, este ditado nos convida a refletir sobre a necessidade de ao “tocar” qualquer empreendimento é necessário a competência técnica, ética e muita responsabilidade. Os vínculos de amizade e afeto não devem sobrepor a estes princípios fundamentais para o sucesso da empresa.
Portanto, cabe a cada um preservar uma postura profissional e respeitosa em qualquer situação social. Separar a amizade, o envolvimento emocional dos processos decisórios racionais é uma boa dica não só para a nossa vida profissional, mas também para nossas relações familiares.