Angústia em Crianças.
By Cláudio

Angústia em Crianças.

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A angústia é o medo da perda do objeto amado.

Dependendo da forma que relacionamos com nossas crianças, ela pode interpretar que não está sendo amada, desejada ou compreendida.

Por serem essas as necessidades primárias da vida do ser humano.

Causas que Geram angústia:

Pressão demais, e cobrança excessivas fora da faixa etária da criança.

Excesso de rigidez ou flexibilidade demais.

Briga constante ou separação dos pais.

Na fantasia inconsciente, a criança pensa que ela é a culpada pelo conflito dos pais.

A angústia também é gerada da forma como o pai ou a mãe se relacionam com a criança.

A relação com coleguinhas ou primos também pode gerar angústia,

Lembrando que nos primeiros 07 anos de vida, a criança precisa ser entendida e compreendida pelos pais ou cuidadores.

Ela está construindo seu psiquismo e depende de adultos saudáveis na construção do mesmo.

Para refletir:

Sintomas são palavras não ditas.

(Jackes Lacan)

Quando nos falta palavras o que nos resta é sentir.

(Sigmund Freud)

Autor desconhecido

Meu comentário:

Lendo este texto é possível perceber com clareza de como é importante às relações interpessoais, especialmente quando se trata da convivência com crianças. Elas são como uma “esponja” que sugam todas as experiências que vivenciam. Assim, se os pais e demais adultos que convivem com ela não demonstram afeto, atenção e consideração, irão afetar diretamente a autoestima e a autoconfiança trazendo como consequências um quadro de angústia que pode levar a uma depressão infantil.

Costumo dizer que o maior problema na nossa sociedade não é a violência, as drogas, o desemprego e os transtornos psíquicos. Nem mesmo é a falta de amor entre as pessoas, mas sim, a falta de afeto e carinho entre as pessoas que se amam, ou seja, a falta de manifestação de amor.

É neste contexto que angústia cria espaço para seu crescimento. Principalmente numa sociedade individualista como estamos inseridos onde os meios de comunicação afastam as pessoas mais próximas e aproximam virtualmente as mais distantes, vamos construindo o ambiente adequado para a produção de sintomas. Como diz Lacan citado no texto: “sintomas são palavras não ditas”. Na falta do diálogo surgem os sintomas, lembrando que palavras não são apenas aquelas verbalizadas, mas as expressões corporais também como o semblante, o olhar, o toque, o abraço.

De maneira poética, Freud fecha este raciocínio com muita lucidez: Quando nos falta palavras o que nos resta é sentir”. Nada mais a acrescentar.

Cláudio Martins Nogueira – psicólogo clínico

 

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  • 18/06/2019
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