Vícios em álcool e outras drogas: saídas possíveis e eficazes
Ela chega sem avisar, entra muitas vezes pelas nossas próprias mãos, penetram na nossa intimidade familiar e avança pelas profundezas do nosso eu. Como um tsunami, invade nossa alma e atua diretamente nos centros de prazer do nosso cérebro. Quando assustamos, ela dominou nossa rotina, nosso estado de humor e até mesmo as nossas finanças. O caos se instala e podemos perder nossa saúde, nossa família e a nossa vida. Diante deste desespero, buscamos saídas muitas vezes equivocadas e ineficazes para resolver um problema tão grave. O que fazer então quando os vícios em álcool e outras drogas atingem a nossa família?
1ª) – Não se desespere: Infelizmente, a cada dia, mais pessoas se enveredam por este caminho. Raro são aqueles que não experimentam o álcool e as outras drogas. Nem todos se tornarão um dependente químico. Pelo contrário, a maioria vai viver esta experiência e irá abandoná-la sem muitos problemas. Porém, não é por causa disto que você vai se omitir e achar que isto é algo normal.
2ª) – Busque ajuda profissional: cuidado com os “palpiteiros” na família e nos ambientes de trabalho. O psicólogo especializado nesta área, os grupos de apoio são os profissionais mais indicados nesta hora. São eles que irão dimensionar com maior precisão a real situação, indicando as saídas possíveis e eficazes para cada caso.
3ª) – Cuidado com soluções mágicas: a dependência química é uma doença complexa que afeta vários aspectos do ser humano. Não existe um remédio milagroso, uma clínica capaz de garantir a sobriedade de nenhum dependente. A dimensão física, emocional, psíquica, social e espiritual deve ser levada em consideração ao longo do tratamento.
4ª) – A importância dos grupos de apoio: Espalhados por várias partes do mundo, os grupos de ajuda mútua são essenciais para ajudar as famílias e os dependentes. Com ajuda de psicólogos e médicos especializados na área, este tratamento pode ser muito eficaz para a maioria dos casos.
4ª) – Critérios mais rigorosos para a internação: Com raras exceções, as internações devem ocorrer somente quando os recursos dos grupos de apoio não surtiram efeitos ou quando o comprometimento físico, emocional e social já esta tão avançado que a única maneira de resolver preservando a vida do dependente e de sua família é a internação.
A internação mais indicada é a voluntária. Porém existem casos em que o dependente que recusa este tipo de internação é aconselhável a internação involuntária em um hospital geral ou clínica psiquiátrica. Casos em que o comprometimento social esta muito grave com envolvimento com o trafego e com a marginalidade a internação compulsória, determinada por um juiz pode ser uma boa saída.
Porém, somente quando o sujeito toma a decisão de levar seu tratamento a sério ele vai conseguir alcançar a sobriedade. Todos estes caminhos são apenas etapas para alcançar este principal objetivo. Apesar de árduo, vale a pena tentar.