Mãe “má”
Um dia quando os meus filhos forem crescidos suficientemente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de dizer-lhes:
– Eu os amei suficientemente para ter perguntado aonde vão e a que horas regressarão. Eu os amei suficientemente para deixar que vocês assumissem as responsabilidades de suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
Mais que tudo, eu os amei suficientemente para dizer-lhes não, quando eu sabia que poderiam me odiar por isso (e em momentos até odiaram). Essas eram as mais difíceis batalhas de todas. Estou contente, venci…porque no final vocês venceram também!
E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos para entender a lógica que motiva os pais e as mães, quando eles lhe perguntarem se sua mãe era má, meus filhos vão lhes dizer:
– “Sim, nossa mãe era a mais má do mundo”… As outras crianças comiam doce no café e nós tínhamos que comer cereais, ovos e torradas. Nós tínhamos que tirar a louça da mesa, arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e fazer esse tipo de trabalho que achávamos cruéis.
Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nós fazermos. Por causa da nossa mãe, nós não tivemos algumas experiências traumáticas tão comuns na adolescência:
Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubos, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.
FOI TUDO POR CAUSA DELA. Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos fazendo o melhor para sermos “PAIS MAUS”, como minha mãe foi.
(Autor não informado)