Os códigos da inteligência – Parte 2
Os códigos da inteligência são os alicerces das inteligências múltiplas. Assim, a inteligência multifocal considera três grandes áreas de abrangência, sendo duas inconscientes e uma consciente. Isto ocorre através do processo de construção do pensamento e o sistema de variáveis que atuam nesse processo.
Augusto Cury afirma que não é possível deletar as janelas Killers do nosso inconsciente. O que é possível fazer é reeditá-las, dando um novo significado a estas experiências ou mesmo construindo janelas paralelas saudáveis, denominadas por Cury de Janelas Light, ao redor das janelas traumáticas. Para que isto aconteça, o Eu precisa decifrar o Código do Eu como gestor do intelecto.
Primeiro: O Código do Eu como gestor do intelecto: Desenvolver um “Eu” Gestor capaz de administrar a construção dos pensamentos, de controlar as emoções e a reeditar as zonas de conflito é a única saída para uma vida mais saudável. Com este código, a pessoa expande suas habilidades e desenvolve sua inteligência emocional, pessoal e a interpessoal.
Este código decifra os estímulos estressantes, faz uma “higiene” na psique reciclando os pensamentos e reedita o “filme” inconsciente, além de construir janelas Light, capazes de superar todos os conflitos pessoais e interpessoais.
Mas afinal quem é este “Eu”? Pode-se defini-lo da seguinte forma:
Ele é a nossa autoconsciência;
Ele é a nossa consciência da essência humana;
Ele é a nossa identidade (quem somos?);
Ele é o nosso papel social (o que fazemos?);
Ele é a nossa localização (onde estamos?)
Assim, o “Eu” é o produto de todas as nossas experiências, sejam positivas ou negativas, conscientes ou inconscientes. Somos a síntese de uma história que perpassa no tempo. Tudo isto tem como resultado o nosso “Eu”.
Neste sentido educar é fazer com que o sujeito tome consciência desta sua história e tome para si o controle da sua mente. Conseguindo isto ele será capaz de modificar a sua própria história e como consequência sua sociedade. Esta postura se chama “personalidade”.
Portanto, é imprescindível desenvolvermos este código do “gestor do eu” como forma de deixarmos de ser apenas uma marionete das nossas emoções para tomarmos as rédeas da nossa vida. Como fazer isto?
1ª) – Ter consciência da existência deste “Eu”;
2ª) – Treinar o “Eu” para administrar os pensamentos e emoções;
3ª) – Ter consciência de que a qualidade e a quantidade de pensamentos pode comprometer a saúde psíquica;
4ª) – A SPA ( Síndrome do Pensamento Acelerado) pode comprometer a Gestão do “Eu”;
5ª) – Dar um choque de gestão na psique com a ARTE DA DÚVIDA, em relação aos nossos pensamentos e crenças;
6ª) – Dar outro choque com a ARTE DA CRÍTICA para reciclar toda ideia pessimista;
7ª) – Dar um choque de gestão para desacelerar os pensamentos;
8ª) – Produzir janelas paralelas na memória usando a “MESA REDONDA DO EU”;
9ª) – Reeditar o “filme” inconsciente;
10ª) – Filtrar estímulos estressantes.
Na próxima edição vamos aprofundar cada um destes itens acima, afinal, quem não quer desenvolver esta habilidade de gerir seu próprio “eu” com todas as suas complexidades?