Ecstasy – a balada da morte
By Cláudio

Ecstasy – a balada da morte

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1 – A droga:

O ecstasy é um comprimido cujo princípio ativo chama-se MDMA, sigla de metilenodioximetaanfetamina, droga sintética criada em 1912 pelo laboratório Merck. É um tipo de anfetamina, mas costuma ser tratado separadamente por ter efeitos distintos, como alguns tipos de alucinação e aumento da empatia. Este último faz o ecstasy ser chamado de “empatogeno”, ao lado de substancias semelhantes como o MDA.

2 – Os efeitos:

O MDMA causa euforia, uma leve estimulação, além de deixar os sentidos mais aguçados, especialmente a audição e o tato, o que explica a sua associação com as pistas de dança. A droga também deixa as pessoas mais afetivas e emocionalmente sensíveis, dai o apelido de “droga do amor”. Apesar disto, as pessoas têm mais dificuldades de obter um orgasmo. Outros efeitos comuns são aumento da pressão arterial, do ritmo cardíaco e da temperatura corporal. É comum ranger os dentes durante o efeito, além de provocar insônia e agitação nervosa. As bad trips mais comuns são crises de pânico e ansiedade. As vezes as pessoas têm dificuldades para sentir prazer um ou dois dias após o uso da droga, o que os usuários chamam de “Blue Tuesday” (terça feira triste).

3 – Como é usada?

Ingerindo os comprimidos. Há quem quebre o comprimido para cheirá-lo, mas isso é raro.

4 – duração do efeito?

O efeito aparece em até 30 minutos e duram de seis a oito horas.

5 – Riscos imediatos?

Em doses grandes, o ecstasy pode causar um aumento anormal da temperatura do corpo. Combinado com desidratação e atividade física intensa, isso pode causar crises renais, hepáticas e cardíacas. As mortes associadas ao ecstasy estão relacionadas ao uso simultâneo de outras drogas e normalmente são causadas por hipertemia ou consumo exagerado de água. Para não superaquecer, algumas pessoas exageram no consumo de líquidos podendo levar à morte.

6 – E a dependência?

Há controvérsias sobre a intensidade e a frequência com que o ecstasy causa dependência, mas estudos indicam que o risco existe, apesar de moderado. A droga causa tolerância se é usada com intervalo de poucos dias, mas não de semanas. Não se conhecem sintomas de abstinência causada pela falta de ecstasy.

7 – Possíveis consequências?

Perdas de memória, dificuldades no processo de aprendizagem, baixa imunidade corporal, parada cardiorrespiratória, overdose sendo mais comum misturada com outras drogas e morte por complicações renais, hepáticas e de hipertemia (aumento excessivo da temperatura corporal).

Fonte: Tarso Araujo, Almanaque das drogas, editora LeYa.

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  • 15/11/2017
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