CRACK: a droga maldita
By Cláudio

CRACK: a droga maldita

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O que é?

Droga derivada da pasta básica de cocaína, que recebe outras misturas como: bicarbonato, amônia ou até soda cáustica. Este material é “fritado” até virar uma pedra que, ao ser fumado, vai emitir um barulho parecido com “crack, crack”. O crack, portanto, é o lixo da cocaína fumada. Seu efeito é mais intenso e mais rápido do que a cocaína porque o órgão que vai absorvê-lo será o pulmão que é muito maior do que as mucosas nasais que absorvem a cocaína cheirada. Existe também o crack caseiro extraído da própria cocaína, sendo mais fraco do que o industrial.

Efeitos:

Como toda droga estimulante do SNC (Sistema Nervoso Central), o crack vai provocar uma sensação de euforia, de êxtase e de disposição. O efeito é imediato (0 a 10 segundos) e o prazer dura em torno de 10 minutos. Após este intenso prazer, o corpo passa por uma sensação de esgotamento físico e mental, podendo levar o usuário a um quadro depressivo violento. Neste instante, o desejo de obter o mesmo prazer vai induzir o usuário a usar de novo o crack gerando uma busca desenfreada pela droga, desenvolvendo rapidamente a tolerância (o corpo precisa de cada vez mais drogas para obter o mesmo efeito) e à dependência (o corpo precisa da droga para funcionar melhor).

O crack vai inibir o apetite e o sono, provocando desgaste excessivo de energia do usuário, além de apresentar alterações no seu estado de humor (agressividade, violência, pânico e paranoias).

Consequências:

1 – Físicas:

– Emagrecimento rápido, descuido com cuidados básicos de higiene corporal;

– Comprometimento do sistema cardiovascular com taquicardia, disritmia;

– Ressecamento do intestino e sintomas de diarreias quando na fissura (ansiedade de usar);

– Comprometimento nas vias respiratórias (intoxicação aguda dos alvéolos, brônquios e pulmões), podendo provocar crises de tosses, bronquites, rinites, pneumonia e enfisema pulmonar;

– Quadro generalizado de desnutrição, podendo provocar uma anemia e até mesmo a morte;

– Comprometimento do globo ocular.

2 – Emocionais:

– Ao longo do uso, o crack vai provocar um quadro depressivo, de perda de                                                                                                        motivação pela vida;

– Incapacidade de estudar, trabalhar e conviver com a sociedade;

– Comportamento obsessivo pela aquisição e uso da droga, podendo induzir o usuário a atitudes de paranoia, violência, agressividade, irritabilidade;

– Quadros clínicos com sintomas psiquiátricos (psicoses, transtornos diversos, etc.);

– Endividamento excessivo, assaltos, roubos, falência afetiva e financeira;

– Solidão, sofrimento, angústia, isolamento, tentativas de suicídio;

– Prostituição para manter o vício.

3 – Sociais:

– Aumento dos índices de assaltos, assassinatos e violência doméstica;

– Perda da produtividade do dependente afetando os demais familiares;

– Dificuldades no processo de educação formal nas escolas (além do usuário abandonar a escola, ele vai atrapalhar toda a turma);

– Aumento dos problemas de saúde pública;

– Alimenta a indústria do narcotráfico;

– Destruição das famílias;

– Prejuízos incalculáveis no comércio;

– Perda da cidadania, já que o dependente não participa da vida política do país.

Diante deste quadro fica fácil de entender porque o próprio dependente de crack considerada esta droga como maldita.

Mas o que podemos fazer para ajudar?

  • Procure informações sérias sobre todos os tipos de drogas e suas consequências.
  • Apoie de alguma maneira a iniciativa de outras pessoas, organizações e instituições que trabalham com prevenção e recuperação de dependentes de drogas.
  • Não discrimine o usuário e o dependente. Eles precisam de apoio e tratamento. Aprenda como ajudar.
  • Não discuta com o dependente quando ele estiver sobre efeito da droga. Deixe para conversar com ele no outro dia (na hora da ressaca).
  • Não pague dívidas do dependente. A ajuda que ele precisa é de tratamento. Pague o médico, o psicólogo, a comunidade terapêutica. O único dinheiro que vale a pena gastar é no tratamento.
  • Participe com ele das reuniões de apoio. Isto vai ser muito importante.

 

Cláudio Martins Nogueira – psicólogo clínico.

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  • 15/11/2017
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