Alcoolismo: o lado “sombrio” das bebidas alcoólicas
By Cláudio

Alcoolismo: o lado “sombrio” das bebidas alcoólicas

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DEFINIÇÃO:

Até alguns anos atrás, o alcoolismo era sinônimo de malandragem, falta de vergonha e safadeza. Acreditava-se que os defeitos de caráter induziam ao vício. Os alcoólicos eram (e continuam sendo muitas vezes) discriminados e rejeitados pela sociedade.

As empresas demitiam os alcoólicos e as famílias os abandonavam a própria sorte, os hospitais os rejeitavam.

Hoje, este quadro começou a mudar, graças ao avanço da medicina, que provou que o alcoolismo é uma doença com algumas características específicas, sendo considerada:

Primária: porque gera outras doenças.

Crônica: porque não tem cura e precisa de cuidados constantes (como a diabete).

Progressiva: porque se instala lentamente e o seu principal sintoma é a perda de controle sobre o uso da bebida alcoólica.

Fatal: porque provoca um dano físico, mental, psicológico, espiritual e social, causando conseqüências irreversíveis que, se não forem detida a tempo, poderão levar à morte.

FASE INICIAL: USO SOCIAL

Começa pelo simples hábito de beber socialmente. A maioria das vezes o contato com o álcool é positivo e gratificante. A pessoa descobre uma mudança de humor, que a torna mais corajosa, mais alegre, mais desinibida e mais “leve”. Tem uma sensação de ter resolvido os seus problemas.

Nessa fase é impossível distinguir se ela desenvolverá ou não a dependência. O máximo que podemos perceber são alguns sinais:

  1. O Alcoólico tem muito prazer na bebida e possui uma resistência física maior (demora a ficar tonto).
  2. O Alcoólico só para de beber quando a festa acaba ou então quando passa mal;
  3. O Alcoólico normalmente não vai a festa que não tem bebidas;

O grande risco, portanto, de beber socialmente consiste em detectar quem tem tendência ou não ao alcoolismo. Na dúvida, é melhor não arriscar.

FASE INTERMEDIÁRIA: MANIFESTAÇÃO DA DEPENDÊNCIA

O uso constante do álcool obriga o organismo a se adaptar a esta droga, aumentando a sua tolerância, ou seja, torna-se necessário o aumento da quantidade da droga para se obter o mesmo efeito.

O estado físico e emocional do usuário começa, então, a se alterar, apresentando mudanças de comportamento, que se tornam tão evidentes, que o convívio social é afetado.

Esta fase  caracteriza-se por:

  1. Ingestão de quantidade cada vez maior de bebida alcoólica;
  2. Ressacas cada vez mais freqüentes;
  3. Começam os primeiros lapsos de memória (esquecimento);
  4. Amigos e familiares começam a se preocupar;
  5. Mecanismo de defesa fica aflorado: “Paro quando quiser…”.
  6. Queda da produtividade (trabalho e estudos);
  7. Relacionamentos complicados;
  8. Busca de novos “amigos”;
  9. Isolamento da família.

FASE FINAL : DEPENDÊNCIA TOTAL

A doença está instalada. Sua vida se tornou intolerável com a bebida, e impossível sem ela. Bebe para viver e vive para beber. Já não consegue fazer nada sem o álcool. Não consegue evitar a 1ª dose, não para na 2ª e não se lembra da última.

O dependente apresenta várias mudanças de comportamento:

  1. Agressões verbais e físicas;
  2. Delírio de ciúme;
  3. Lapsos de memória freqüentes;
  4. Alucinações e tremedeiras;
  5. Baixa estima podendo levar a tentativa de suicídio;
  6. Isolamento social;
  7. Desleixo com aparência e com a vida;
  8. Complicações de saúde (anemias, tuberculose, inchaço, etc.);
  9. Surgimento da “tolerância inversa” (pequena dose faz grande efeito);
  10. Destruição da família;
  11. Perda da capacidade de trabalho;
  12. Internações hospitalares e clínicas psiquiátricas;
  13. Coma alcoólico e morte.

Infelizmente, a maioria dos alcoólicos e/ou suas famílias procuram o tratamento nesta 3º fase. Dificilmente busca nas fases anteriores, quando então, seria mais fácil a recuperação de ambos.

Extraído da cartilha educativa “Alcoolismo e os 12 passos do AA”

Autor: Cláudio Martins Nogueira

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  • 09/11/2017
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