Na terra de cego quem tem um olho é rei
Este ditado enfatiza a questão social do ser humano. Ninguém vive sozinho. Estamos sempre envolvidos com os outros. Somos influenciados pela opinião do nosso próximo e influenciamos também o outro. Construímos assim uma relação de mão dupla onde o dar e receber se alternam. Somos o resultado desta interação, portanto, o velho ditado: “digas com quem andas que eu te direi quem és” tem sentido.
Este ditado também nos chama a atenção para a diferenciação que existe entre as pessoas. Na terra de cegos, ou seja, dos iguais, aquele que possui uma habilidade, um conhecimento, um talento maior acaba se posicionando no lugar do rei. Desta maneira, a importância de buscarmos um aperfeiçoamento profissional, ético, social e comunitário pode nos conduzir a um lugar supostamente confortável, o lugar do rei.
Por outro lado, uma maneira diferente de interpretar este ditado é a necessidade de sempre buscar novos ambientes sociais para o nosso aprimoramento. As vezes, o “rei” se acomoda na sua cadeira e perde a possibilidade de crescer ainda mais. Assim, ele precisa ir à busca de outras pessoas que possuem “dois olhos”. Fazendo assim, ele trabalha sua humildade, vislumbra novos horizontes e cresce na sua sabedoria e majestade.
Pode-se concluir então que temos que caminhar pelas duas vias, a via da diferenciação dos iguais e a via daqueles mais capacitados do que nós, mas ambas possuem um só destino: o aperfeiçoamento profissional e pessoal, fatores essenciais para o sucesso no mundo de hoje.