As quatro armadilhas da mente – Parte 1
1º Armadilha da mente: – O conformismo: é a “arte” de se acomodar, de não reagir e de aceitar passivamente as dificuldades psíquicas, os eventos sociais e as barreiras físicas. O conformista amordaça o “Eu”. Ele renuncia a vida e afunda nas suas justificativas se aprisionando no seu próprio passado. O conformista “mata” seus talentos e adoece o “Eu” com sua ansiedade e depressão. Ele acredita no destino, num suposto carma pré-determinado e até mesmo numa possível interferência espiritual como mal olhado, feitiçaria ou forças malignas diversas.
O conformista asfixia, anula e amordaça a si mesmo, transferindo a culpa para um inimigo externo. Assim ele limita o seu potencial humano na medida em que ele vê o seu problema no outro e não dentro de si. Desta forma, ele não se conhece e não tem nenhuma intenção de se conhecer.
O conformista é o “rei” das desculpas, ele veste o manto da humildade, mas no fundo ele é egoísta, orgulhoso, preconceituoso, sistemático e cheio de manias. Ele não gosta de ser questionado e por causa disto raramente se submete a um processo terapêutico por muito tempo.
2º Armadilha da mente: – O coitadismo: é a “arte” de ter compaixão por si mesmo. É o conformismo potencializado. Ele tem certeza que não é capaz e que os outros devem fazer as coisas para ele. O coitadista faz o marketing de suas crenças negativas. Ele tem que convencer o outro da sua pequenez. Ele faz isto para ter poder, para manipular os outros com o objetivo de realizar as coisas através das outras pessoas.
Desta maneira, ele consegue ter ganhos secundários com esta propaganda. O coitadista não quer melhorar. Ele se acomoda nas suas mazelas, pois através delas ele domina o outro. Se ele melhorar quem vai ter piedade dele? Neste sentido, o coitadista usa a sua “doença” para usar os outros.
A autopiedade é uma masmorra psíquica que asfixia o prazer de viver. Por causa disto que o coitadista é mal humorado, reclama de tudo e de todos e é autodestrutivo com grande tendência a desenvolver dependências diversas como álcool, drogas, dinheiro, jogos, compras, etc.
Tanto o coitadista como o conformista enfileira o grupo dos fracassados na vida. Cheios de talentos, mas recusam usá-los. Eles esmagam o “Eu” com as tramas da mesmice, ficam apenas no nível do desejo (que deve ser realizado pelo outro) e recusam a “beberem” da fonte de água límpida dos sonhos.
Que cada leitor possa fazer uma autoreflexão sobre até que ponto estas duas armadilhas da mente humana possa estar bloqueando o seu desenvolvimento pessoal, social e financeiro. Após esta análise é importante traçar estratégias para superar estas dificuldades, acreditando sempre que é possível refazer sua história de vida para dias mais saudáveis e alegres.
No próximo mês vamos discorrer sobre as outras duas armadilhas da mente humana, ou seja, sobre o “medo de reconhecer os erros” e o “medo de correr riscos”.
Referências Bibliográficas: Livro “O código da inteligência e a excelência emocional”- Augusto Cury.