A boca fala daquilo que o coração esta cheio
Este ditado nos diz que aquilo que a gente fala é exatamente aquilo que estamos sentindo, ou seja, falamos aquilo que tem dentro do nosso coração. Infelizmente, nem sempre isto acontece com o ser humano. A linguagem verbal passa pela razão e pela emoção. Desta forma de acordo com o estado emocional e da nossa capacidade intelectual nós verbalizamos nosso conteúdo psíquico.
Além destes fatores internos que interferem na elaboração da fala, fatores externos como a nossa posição social e os laços afetivos que construímos com o outro também irão interferir no conteúdo da nossa fala.
Desta maneira este ditado não reflete exatamente o que acontece na realidade. Exemplo clássico disto são os nossos políticos. Diante das câmeras e holofotes da TV todos conseguem elaborar discursos convincentes, persuasivos e calorosos. Mas nos bastidores, muitas vezes não pensam da forma que falam e suas atitudes e seus compromissos não condizem com suas falas. No dia-a-dia isto também acontece com frequência. Diante de um chefe, de uma autoridade ou mesmo dos pais nós não falamos o que pensamos.
Talvez este ditado tenha sentido diante de uma reação mais espontânea, mais emocional e impulsiva. Também se pode entendê-lo na visão bíblica quando Jesus afirma: “o que destrói o homem não é aquilo que entra pela sua boca, mas sim aquilo que sai por ela”. Em outras palavras, se no coração do homem habita sentimentos negativos, sua linguagem vai refletir exatamente isto: a negatividade que vai destruir o homem.
Portanto, cuidar dos nossos pensamentos e sentimentos é fundamental para mudarmos a nossa linguagem. Outro fator importante é cuidar do ambiente e das pessoas com as quais a gente convive.